Caso Thais Lara: laudo confirma que ossada é de adolescente assassinada

Caso Thaís Lara: adolescente teve corpo separado em partes e queimado

Nesta semana, a Polícia Civil do Estado de Goiás (PC-GO) confirmou que a ossada em uma cisterna no Setor Madre Germana II, em Goiânia, se trata dos restos mortais de Thais Lara, de 13 anos. Reidimar da Silva, que foi preso após assassinar Luana Marcelo, de 12 anos, confessou o assassinato da outra jovem e revelou onde estava o cadáver da mesma. O laudo do DNA confirmou o fato.

Caso Thais Lara

A confissão de Reidimar a respeito da morte de Thais Lara foi feita ao diretor da Central de Triagem no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, o policial penal Irleone Rodrigues de Oliveira, de maneira espontânea. O trabalho de investigação envolveu a PC-GO, por meio do Grupo de Investigação de Desaparecidos (GID) da Policia Civil, e a Polícia Técnico-Científica.

Thais Lara da Silva saiu com a tia para buscar uma outra criança na escola em 2019. Enquanto a tia entrava no local, a adolescente foi passear em uma feira. Desde então, sumiu e nunca mais foi vista. As investigações da PC-GO apontaram que Thais desapareceu no Setor Madre Germana II, o mesmo setor onde houve o sequestro de Luana Marcelo.

Além disso, a adolescente sumiu em um local próximo à casa de Reidimar. Com isso, as autoridades decidiram reabrir o caso para investigar se o assassino confesso de Luana também era o responsável, o que se confirmou verdade. Restos mortais foram encontrados em cisterna e o laudo pericial de DNA confirmou que se tratava do cadáver de Thais Lara.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp