Caso Thaís Lara: Reidimar é denunciado por matar, esquartejar adolescente

O servente de pedreiro Reidimar Silva Santos, de 31 anos, que confessou ter matado duas adolescentes entre os anos de 2019 e 2022, foi denunciado pelo Ministério Público (MP) nesta quarta-feira, 29, pela morte e ocultação de cadáver de Thaís Lara, de 13 anos. A jovem desapareceu no dia 28 de agosto de 2019, no Setor Madre Germana II, em Goiânia.

O corpo dela foi encontrado no início do ano, meses após Reidimar ser preso pelo assassinato de Luana Marcelo Alves, de 12 anos, que também desapareceu no setor. O criminoso também foi denunciado pela morte da garota, no dia 20 de dezembro do ano passado.

Em relação ao caso Thaís, o promotor de Justiça José Carlos de Miranda Nery Júnior, titular da 67ª Promotoria de Goiânia, denunciou Reidimar por feminicídio quadruplamente qualificado, com agravante por a vítima ser uma criança. O promotor também pediu que o denunciado responda por fraude processual e ocultação de cadáver, com penas cumulativas. O pedido é mais grave do que o indiciamento feito pela Polícia Civil (PC).

Vítima foi asfixiada

De acordo com a denúncia, Reidimar possuía uma conta em uma rede social, na qual matinha predominante contato com adolescentes, entre elas, Thaís. Além desses contatos virtuais, eles se cruzavam de forma casual e esporádica nas ruas do Setor Madre Germana II, onde ambos moravam, conforme o órgão.

O MP informou que a adolescente, inclusive, sempre demonstrava carinho para com o filho de Reidimar, que tinha, à época, cerca de 4 anos. Assim, no dia do crime, a vítima saiu sozinha para ir a uma feira livre que acontecia todas as quartas-feiras nas proximidades da sua casa. 

Ao passar pela residência do denunciado, a vítima decidiu parar para perguntar sobre o filho de Reidimar. De acordo com a peça acusatória, foi nesse momento que o denunciado a atraiu para o interior do imóvel.

Em meio à conversa a adolescente questionou o denunciado se eram verdadeiros os comentários de que ele já havia sido preso por crimes sexuais. De fato, Reidimar havia sido denunciado pelo MP pela prática de estupro contra uma adolescente, ocorrido em 18 de janeiro de 2015, mas o processo foi arquivado porque a vítima não foi localizada.

Furioso com a pergunta, o ajudante de pedreiro decidiu assassinar a garota. Se aproveitando de sua superioridade física, ele avançou contra o pescoço de Thais, de acordo com o MP, a esganando até a morte.

Esquartejamento e ocultação 

A partir daí, o MP relata que o denunciado decidiu agir para encobrir o crime. Primeiro, após certificar que não existiam testemunhas do ocorrido, Reidimar pegou o aparelho de telefone celular que a vítima levava, retirou o chip e a bateria.

Depois, ele esquartejou o corpo da adolescente com um instrumento não identificado, separando do tronco os membros superiores e inferiores. Na sequência, ele ocultou o corpo numa fossa desativada que havia no quintal da casa, junto com outros vestígios, como o celular e o chinelo da vítima.

Por fim, Reidimar limpou todo o local, jogou alguns materiais sobre o corpo, como tijolos, telhas, pedaços de madeira, e ateou fogo na vala improvisada, segundo o órgão. 

Após constatar a carbonização dos vestígios, o denunciado cobriu o buraco com terra. O crime foi parecido com o praticado contra Luana. Porém, a última vítima também foi estuprada pelo ajudante de pedreiro.

Luana Marcelo, de 12 anos, estuprada e morta por Reidimar. (Foto: Reprodução/g1)

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STF homologa plano para melhorar condições de presídios

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu homologar o Plano Pena Justa, elaborado pelo governo federal e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para enfrentar os problemas encontrados nos presídios do país. A questão foi decidida em sessão virtual do plenário, que foi encerrada no último dia 19.

O plano foi protocolado em setembro deste ano no âmbito da ação na qual o Supremo determinou a elaboração de um plano nacional de enfrentamento aos problemas dos presídios brasileiros, como superlotação de detentos e disputas entre facções.

A determinação ocorreu em outubro de 2023, quando o STF estabeleceu o estado de coisas inconstitucional nas prisões do Brasil.

Com a decisão, a União e os estados foram obrigados a elaborar um plano para enfrentar os problemas do sistema penitenciário.

O Plano Pena Justa é composto por quatro eixos que tratam do controle de entrada e das vagas no sistema prisional; qualidade dos serviços prestados e da estrutura, reintegração social e política para não repetição do estado de inconstitucionalidade apontado pelo STF.

O plano também apresenta indicadores e metas para os anos de 2025, 2026 e 2027.

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