Última atualização 08/11/2022 | 13:11
O julgamento do Caso Valério Luiz iniciou o seu segundo dia na manhã desta terça-feira, 8. No plenário do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), em Goiânia, a sessão contou com depoimentos de três testemunhas de defesa dos réus: Joel Datena, Marcos Egídio e Adson Batista. O julgamento terá sequência durante a tarde, após a pausa para o almoço.
Tudo sobre a manhã no Caso Valério Luiz
Depois do primeiro dia de julgamento do Caso Valério Luiz, na segunda-feira, 7, a sessão desta terça estava marcada para começar às 8h30. No entanto, houve o atraso de uma testemunha e o início aconteceu apenas às 9h38.
O jornalista Joel Datena abriu a série de depoimentos de testemunhas de defesa dos réus. Ele afirmou que esteve junto a Ademá Figueiredo, um dos réus, por volta de 14h30 do dia do assassinato de Valério Luiz, em 5 de julho de 2012. O homicídio ocorreu por volta das 14h.
A testemunha seguinte foi Marcos Egídio, atual diretor administrativo do Atlético Goianiense. O dirigente contou que a relação entre o clube de futebol e Valério Luiz se estremeceu após críticas do radialista ao time. Assim como ocorreu com Joel Datena, os jurados e os promotores fizeram questionamentos.
Por fim, foi a vez de Adson Batista, presidente do Atlético-GO, prestar o depoimento como testemunha de defesa. Em sua fala, ele criticou jornalistas esportivos por serem “sensacionalistas” e constatou que Maurício Sampaio “tem o coração do tamanho do plenário”. Ainda, disse que o radialista era um “cara polêmico”, assim como Valério Luiz Filho, mas que isso não justifica um assassinato.
Relembre o que aconteceu
O jornalista Valério Luiz foi morto a tiros, aos 49 anos, no dia 12 de julho de 2012. Isso aconteceu no momento em que ele saía da Rádio Bandeirantes 820 AM, onde trabalhava, no Setor Serrinha. O inquérito policial encontrou elementos suficientes para colocar os suspeitos de matar o jornalista na posição de indiciados.
Ao todo, o processo tem cinco reús: Maurício Sampaio, acusado de ter encomendado a morte de Valério Luiz; Urbano Carvalho, que trabalhava para Maurício e supostamente contratou o policial que teria executado Valério; Djalma Gomes, PM que, segundo a acusação, trabalhava como segurança de Maurício e recebia favores por isso.
Além deles, respondem também o açougueiro Marcus Vinícius Pereira Xavier, que teria colaborado com o planejamento do crime; e Ademá Figueiredo, PM acusado de fazer os disparos que mataram o jornalista.
A sessão já foi adiada quatro vezes. A última aconteceu em junho, quando um integrante do Conselho de Sentença abandonou hotel sem autorização, ferindo o princípio da incomunicabilidade do júri popular.