Caso Valério Luiz: Sampaio continua livre mesmo após condenação

O mandante do assassinato do jornalista Valério Luiz, Maurício Sampaio, continuará respondendo pelo crime em liberdade. Ele conseguiu novo habeas corpus junto do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) dele e de outros três condenados (Ademá Figueredo, Urbano Malta e Marcus Vinicius Xavier), mas cabe recurso. Uma liminar havia sido concedida dois dias após a condenação do ex-vice-presidente do Atlético Goianiese a 16 anos de prisão

À época, o desembargador Ivo Favaro entendeu que a constituição proíbe a execução imediata das condenações feitas pelo Tribunal do Júri sem justificativa , embora permita a prisão preventiva, que não foi decretada. O Ministério Público de Goiás (MPGO) recorreu e a suspensão do habeas corpus foi requerida ao Supremo Tribunal Federal (STF). As alegações foram graves lesões à ordem, à segurança e ao interesse público com a  liberdade provisória do réu.

Sampaio foi condenado pelo Tribunal do Júri de Goiânia em julgamento concluído em, 09 de novembro. Foram cinco tentativas de concluir o processo. Os réus eram, além de Sampaio, Urbano Malta, Ademá Figueiredo, Marcus Vinicius Pereira Xavier e Djalma Gomes da Silva. O único absolvido foi Djalma, que respondia por auxiliar no planejamento do assassinato e atrapalhar as investigações.

Relembre o caso Valério Luiz

O jornalista Valério Luiz foi morto a tiros, aos 49 anos, há dez anos, quando saía da Rádio Bandeirantes 820 AM, onde trabalhava, no Setor Serrinha. Segundo o inquérito policial, foram encontrados elementos suficientes para colocar os suspeitos de matar o jornalista na posição de indiciados. 

Na mesma linha, o Ministério Público entrou com denúncia, em fevereiro de 2013, iniciando a ação penal. A partir daí, houve audiências, testemunhas foram ouvidas, réus interrogados e advogados das duas partes reuniram provas. Em agosto de 2014, a Justiça decidiu que os acusados deveriam ir à júri popular, decisão confirmada, posteriormente, pelo STF.

 

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Governo de Goiás investe R$ 6,6 milhões na restauração do Museu Zoroastro Artiaga

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), deu início às obras de restauração do Museu Goiano Zoroastro Artiaga, um dos marcos do estilo Art Deco na Praça Cívica, em Goiânia. Este projeto contou com um investimento de R$ 6,6 milhões e foi aprovado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
 
As obras, conduzidas pela Superintendência de Patrimônio Histórico e Artístico da Secult, têm como objetivo recuperar as características originais do prédio, valorizar o conjunto arquitetônico e implementar melhorias de acessibilidade e segurança estrutural. Além disso, o espaço será requalificado com uma nova proposta museográfica.
 
Para proteger o público e o edifício histórico, tapumes foram instalados ao redor do prédio. Simultaneamente, começaram a ser elaborados os projetos executivos, além do mapeamento e organização do acervo, que será transferido para outro local durante as intervenções. Durante o restauro, o acervo passará por desinfestação por atmosfera anóxia (ausência de oxigênio) e higienização.

Importância do acervo

A coleção do museu inclui peças arqueológicas, mineralógicas, de etnologia indígena, arte sacra e arte popular, que narram a trajetória do estado e da cidade de Goiânia desde sua fundação até os dias atuais. Essas peças são essenciais para a preservação da memória histórica e cultural de Goiás.
 
A secretária de Estado da Cultura, Yara Nunes, destaca que a preservação do patrimônio histórico e cultural goiano é uma prioridade. “O início das obras de restauro do Museu Zoroastro Artiaga representa um passo fundamental para garantir que este espaço, tão significativo para a memória de Goiás, continue a inspirar as próximas gerações. Estamos comprometidos em entregar à população um museu revitalizado, acessível e preparado para contar a nossa história com ainda mais riqueza e cuidado,” afirma a titular.

História e significado

Inaugurado como o primeiro museu de Goiânia, o Museu Goiano Zoroastro Artiaga é um marco cultural que reflete a diversidade material e imaterial de Goiás. Localizado na Praça Cívica, o edifício foi construído entre 1942 e 1943 pelo engenheiro polonês Kazimiers Bartoszevsky, inicialmente para abrigar o Departamento de Imprensa e Propaganda. Em 1946, foi transformado em museu e recebeu o nome de Zoroastro Artiaga, em homenagem ao professor, advogado, geólogo e historiador que foi o primeiro diretor da instituição. Tombado como Patrimônio Arquitetônico e Histórico Estadual em 1998 e pelo Iphan em 2004, o museu é uma referência do estilo Art Deco, um dos destaques da arquitetura da capital goiana.

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