Última atualização 13/12/2022 | 16:16
O mandante do assassinato do jornalista Valério Luiz, Maurício Sampaio, continuará respondendo pelo crime em liberdade. Ele conseguiu novo habeas corpus junto do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) dele e de outros três condenados (Ademá Figueredo, Urbano Malta e Marcus Vinicius Xavier), mas cabe recurso. Uma liminar havia sido concedida dois dias após a condenação do ex-vice-presidente do Atlético Goianiese a 16 anos de prisão.
À época, o desembargador Ivo Favaro entendeu que a constituição proíbe a execução imediata das condenações feitas pelo Tribunal do Júri sem justificativa , embora permita a prisão preventiva, que não foi decretada. O Ministério Público de Goiás (MPGO) recorreu e a suspensão do habeas corpus foi requerida ao Supremo Tribunal Federal (STF). As alegações foram graves lesões à ordem, à segurança e ao interesse público com a liberdade provisória do réu.
Sampaio foi condenado pelo Tribunal do Júri de Goiânia em julgamento concluído em, 09 de novembro. Foram cinco tentativas de concluir o processo. Os réus eram, além de Sampaio, Urbano Malta, Ademá Figueiredo, Marcus Vinicius Pereira Xavier e Djalma Gomes da Silva. O único absolvido foi Djalma, que respondia por auxiliar no planejamento do assassinato e atrapalhar as investigações.
Relembre o caso Valério Luiz
O jornalista Valério Luiz foi morto a tiros, aos 49 anos, há dez anos, quando saía da Rádio Bandeirantes 820 AM, onde trabalhava, no Setor Serrinha. Segundo o inquérito policial, foram encontrados elementos suficientes para colocar os suspeitos de matar o jornalista na posição de indiciados.
Na mesma linha, o Ministério Público entrou com denúncia, em fevereiro de 2013, iniciando a ação penal. A partir daí, houve audiências, testemunhas foram ouvidas, réus interrogados e advogados das duas partes reuniram provas. Em agosto de 2014, a Justiça decidiu que os acusados deveriam ir à júri popular, decisão confirmada, posteriormente, pelo STF.