Caso Victor Meyniel: porteiro que viu agressão é autuado por omissão de socorro

Caso Victor Meyniel: porteiro que viu agressão é autuado por omissão de socorro

O porteiro que presenciou a agressão contra o ator Victor Meyniel no último sábado, 2, foi autuado por omissão de socorro. Imagens de câmeras de segurança registram que, no momento do crime, Gilmar José Agostini estava tomando café e não ajudou o humorista.

O caso ocorreu em um prédio de Copacabana, no Rio de Janeiro. Yuri de Moura Alexandre, responsável pelo crime, foi preso pouco após a agressão.

De acordo com a delegada Débora Rodrigues, titular da 12ª DP, Gilmar não tratou bem a polícia durante a perícia. “Ao chegarmos ao prédio, ele já foi nos atendendo muito mal, falando que não viu nada, que não sabia de nada e que não ia se meter. Ele interfonou para o síndico, dizendo que ‘uma mulher estava lá fora’, mas não era nenhuma mulher, eram duas autoridades devidamente identificadas”, contou.

Ainda segundo a delegada, Gilmar foi conduzido até a delegacia e informou que não parou a briga pois interfonou para o síndico do local. “Ele deveria ter saído, sim, e pedido ajuda para qualquer pessoa — a polícia, um transeunte, ou ligado para o 192. Mas ele não poderia ficar tomando café, assistindo à pessoa apanhar daquele jeito”, disse a investigadora.

Agressão

O crime ocorreu por volta das 8h de sábado. Segundo Victor, ele saiu de uma casa noturna e foi convidado por Yuri para ir até a casa dele. Já no apartamento, o comportamento do suspeito teria mudado depois que uma amiga dele chegou no local.

“Parece que virou uma chave, me botou para fora, me empurrou. E aí nisso que ele me empurrou, como eu estava sem sapato, porque eu tirei para ficar no sofá, eu estava no chão, ele me empurrou, foi e tacou o sapato [em mim]”, contou Victor.

A briga teria continuado na portaria, quando Victor tentou beijar Yuri novamente. A partir desse momento, o homem deu socos no ator, que caiu no chão e tentou se defender tapando o rosto, mas o agressor continuou.

“Eu lembro só do acesso de raiva dele, ele me pegar, me colocar no chão e me dar socos e socos e mais socos. Eu pedi para ele parar e ele não parava. E o porteiro estava vendo tudo”, contou Victor.

Após bater no ator, Yuri teria se levantado e indo embora. O ator conseguiu chamar a polícia com a ajuda de um morador.

Na delegacia, o agressor informou que saiu para malhar e mentiu afirmando que era médico militar. ‘Não toca em mim! Eu sou militar, sou médico militar! E bati mesmo. Assumo que bati. Qual é o problema?’”, tedia dito Yuri.

O criminoso deve responder por lesão corporal, falsidade ideológica e injúria por homofobia.

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Torcedores jogam cabeça de porco em jogo de Corinthians x Palmeiras

Durante a vitória do Corinthians por 2 a 0 sobre o Palmeiras na Neo Química Arena, em São Paulo, um incidente chocante marcou o jogo. Torcedores do Corinthians lançaram uma cabeça de porco no campo, gerando grande controvérsia e indignação.

Segundo testemunhas, o incidente ocorreu começou antes do início do jogo, quando a cabeça de porco foi arremessada por um homem em uma sacola por cima das grandes do setor sul.

A Polícia Civil solicitou ao Corinthians o acesso às imagens da câmera de segurança para identificar todos os responsáveis pelo ato. Dois torcedores foram levados ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) e, após depoimentos, foi proposto uma transação penal no valor de R$ 4 mil ao Ministério Público, mas eles não aceitaram e negaram ter participado do ato.

Um dos suspeitos da provocação foi identificado como Rafael Modilhane, que teria comprado e arquitetado o ataque ao time rival. Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra que o torcedor comprou o item em um açougue e mencionou o plano para jogar a cabeça no gramado.

“Sabe aquela cabeça de porco que postei mais cedo? Vocês vão ver o que vai acontecer com ela. A gente é louco mesmo. Se for para mexer com o psicológico de vocês [jogadores], nós vamos mexer.”, afirmou Modilhane.

Confira o vídeo:

Pelo artigo 201 da nova Lei Geral do Esporte, os torcedores envolvidos podem responder por “promover tumulto, praticar, incitar a violência e invadir local restrito aos competidores, com possível penas de até seis meses de prisão ou multa”. Cabe agora a decisão do Ministério Público se a denúncia será realizada ou voltará ao Drade para novas investigações.

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