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Caso Victor Meyniel: porteiro que viu agressão é autuado por omissão de socorro

Última atualização 04/09/2023 | 12:55

O porteiro que presenciou a agressão contra o ator Victor Meyniel no último sábado, 2, foi autuado por omissão de socorro. Imagens de câmeras de segurança registram que, no momento do crime, Gilmar José Agostini estava tomando café e não ajudou o humorista.

O caso ocorreu em um prédio de Copacabana, no Rio de Janeiro. Yuri de Moura Alexandre, responsável pelo crime, foi preso pouco após a agressão.

De acordo com a delegada Débora Rodrigues, titular da 12ª DP, Gilmar não tratou bem a polícia durante a perícia. “Ao chegarmos ao prédio, ele já foi nos atendendo muito mal, falando que não viu nada, que não sabia de nada e que não ia se meter. Ele interfonou para o síndico, dizendo que ‘uma mulher estava lá fora’, mas não era nenhuma mulher, eram duas autoridades devidamente identificadas”, contou.

Ainda segundo a delegada, Gilmar foi conduzido até a delegacia e informou que não parou a briga pois interfonou para o síndico do local. “Ele deveria ter saído, sim, e pedido ajuda para qualquer pessoa — a polícia, um transeunte, ou ligado para o 192. Mas ele não poderia ficar tomando café, assistindo à pessoa apanhar daquele jeito”, disse a investigadora.

Agressão

O crime ocorreu por volta das 8h de sábado. Segundo Victor, ele saiu de uma casa noturna e foi convidado por Yuri para ir até a casa dele. Já no apartamento, o comportamento do suspeito teria mudado depois que uma amiga dele chegou no local.

“Parece que virou uma chave, me botou para fora, me empurrou. E aí nisso que ele me empurrou, como eu estava sem sapato, porque eu tirei para ficar no sofá, eu estava no chão, ele me empurrou, foi e tacou o sapato [em mim]”, contou Victor.

A briga teria continuado na portaria, quando Victor tentou beijar Yuri novamente. A partir desse momento, o homem deu socos no ator, que caiu no chão e tentou se defender tapando o rosto, mas o agressor continuou.

“Eu lembro só do acesso de raiva dele, ele me pegar, me colocar no chão e me dar socos e socos e mais socos. Eu pedi para ele parar e ele não parava. E o porteiro estava vendo tudo”, contou Victor.

Após bater no ator, Yuri teria se levantado e indo embora. O ator conseguiu chamar a polícia com a ajuda de um morador.

Na delegacia, o agressor informou que saiu para malhar e mentiu afirmando que era médico militar. ‘Não toca em mim! Eu sou militar, sou médico militar! E bati mesmo. Assumo que bati. Qual é o problema?’”, tedia dito Yuri.

O criminoso deve responder por lesão corporal, falsidade ideológica e injúria por homofobia.