Caso Vitória: Depoimento de ex-namorado revela contradições e ligações suspeitas com o PCC

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O caso da adolescente Vitória Regina de Sousa, encontrada morta em Cajamar, está sob investigação. O ex-namorado, Gustavo Vinicius Santos, foi à delegacia na quinta-feira, 6, para prestar depoimento. Ele afirmou ter ido por medo de represálias de outros suspeitos. Entretanto, durante o depoimento, Santos apresentou contradições, levando a polícia a requisitar sua prisão temporária. A Justiça, no entanto, negou.

A polícia considera a hipótese de vingança como motivação para o crime, devido à crueldade dos ferimentos no corpo da vítima. O delegado Aldo Galiano Junior mencionou que o crime pode ter sido planejado e executado com extrema violência, sugerindo a participação de uma organização criminosa, possivelmente o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Desaparecimento

Vitória de Sousa, de 17 anos, desapareceu em 26 de fevereiro após sair do trabalho em um shopping. Seu corpo foi encontrado em uma mata na quarta-feira, 5 de março, com sinais de violência, cabelo raspado e sem roupas. A adolescente havia enviado mensagens para uma amiga informando que estava sendo seguida por dois homens. A polícia também investiga a conexão entre o crime e o PCC, dado o foco da facção na região.

Até o momento, 17 testemunhas foram ouvidas, e dois veículos foram apreendidos para perícia. Seis pessoas são investigadas por suspeita de participação no crime, sendo eles os homens que supostamente a seguiam no ônibus, quanto os jovens que mexeram com a jovem após ela descer do ônibus e o ex-namorado, além do atual companheiro.

Segundo o delegado Galiano, todos os suspeitos se conheciam e o ex-namorado de Vitória é apontado como um dos principais suspeitos. Informações dadas por testemunhas apontam que os suspeitos namoraram por quatro meses e a família não apoiava o relacionamento, que chegou ao rompimento em janeiro deste ano.

Ainda de acordo com o investigador, há provas que colocam ele na região onde o corpo foi localizado, no dia em que ela desapareceu, em 26 de fevereiro. O carro de Gustavo foi periciado e fios de cabelos encontrados no interior do veículo, que será analisado pelo Instituto Médico Legal (IML). O resultado deverá ficar pronto nesta sexta-feira, 7.

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