Durante as buscas pelo desaparecimento de Vitória Regina, de 17 anos, a polícia fez uma descoberta chocante: o corpo de Edna Oliveira Silva, de 65 anos, foi encontrado em uma cachoeira entre Cajamar e Jundiaí. Edna trabalhava como diarista na casa da mãe de Maicol, um dos suspeitos detidos no caso, e agora é foco das investigações.
Segundo testemunhas, a idosa foi vista pela última vez no dia 26 de fevereiro, data em que Vitória desapareceu. O corpo dela foi encontrado dois dias depois durante as buscas pela adolescente desaparecida, em uma região de cachoeiras há cerca de 2,5 quilômetros da casa onde morava.
Exames periciais comprovaram que a mulher morreu 72 horas antes de ser encontrada, o que equivale ao dia 26 de fevereiro, mesmo dia em que Vitória desapareceu. A polícia agora investiga se a morte de Edna tem envolvimento com o desaparecimento da adolescente, ou seja, se ela teria “visto mais do que deveria”.
Hipóteses e histórico criminal
As autoridades estão investigando várias linhas, incluindo a possibilidade de homicídio no caso Edna. Essa descoberta gerou especulações sobre queima de arquivo, dado seu vínculo com um dos suspeitos. As investigações seguem para esclarecer a relação entre as mortes de Edna e Vitória.
A família de Vitória afirma que a jovem não conhecia Edna, mas a polícia analisa registros telefônicos em busca de evidências que indiquem ligações entre as duas. O histórico criminal de Edna sustenta a hipótese de queima de arquivo, levantando interrogações sobre os reais motivos por trás desses crimes.
Segundo investigadores, Edna tem uma extensa ficha criminal com processos que citam tráfico de drogas e posses de entorpecentes, além de ter sido investigada por fraude e furto qualificado diversas vezes. Ela estava em liberdade desde 2000.
Os vizinhos, contudo, descreveram Edna como uma pessoa alegre e perceberam o seu desaparecimento. Laudo do IML deve informar a causa da morte.