Casos confirmados de Chikungunya sobem 525% e estado caminha para epidemia

Dengue e chikungunya batem recorde histórico de casos em Goiás

Casos confirmados de Chikungunya sobem 525% e estado caminha para epidemia

Além do combate à Covid-19 e à varíola dos macacos, Goiás pode enfrentar nos próximos meses uma epidemia de Chikungunya, provocada pelo aumento assustador de ocorrências da doença. Até o momento, a Secretária de Estado da Saúde (SES) notificou 5.508 casos do vírus, cerca de 362% a mais do que o registrado em todo ano passado. Ou seja, a cada duas horas, uma pessoa foi infectada pelo mosquito Aedes aegypti, em 2022.

O número de casos confirmados de Chikungunya é ainda maior, conforme a pasta. Foram 3.616 casos confirmados este ano, contra 1192 casos de 2021. Ou seja, um aumento de 525%. O número de municípios com a presença do vírus também cresceu, passando de 30 cidades em 2021, para 79 nos primeiros nove meses de 2022. Entretanto, a letalidade é baixa, com apenas cinco mortes. 

Aumento

Conforme o Coordenador de Vetores da SES, Murilo do Carmo, o aumento de casos está relacionado ao número atípico de chuvas registrado este ano em Goiás, fazendo com que o mosquito se ploliferasse com mais rapidez. Outro fator crucial é a falta de imunização contra a doença, visto que não existem vacinas para combater a Chikungunya.

“Com a chegada das chuvas, o número de criadouros irá aumentar e, consequentemente, o número de mosquitos também. Nós temos todas as condições biológicas e humanas para virmos a ter uma epidemia de febre Chikungunya no estado. Há dois anos atrás não tínhamos casos confirmados da doença no estado. Hoje temos 79 cidades com a presença do vírus confirmada por laboratório”, explicou. 

Prevenção e conscientização

Ainda de acordo com Murilo, a população precisava ajudar no combate à doença, fazendo o ‘dever de casa’ como limpar as calhas e eliminar possíveis  ‘berços’ do mosquito. Ele afirma que mais de 90% dos criadouros do Aedes aegypti são encontrados em residências durante as fiscalizações da pasta.

“É preciso evitar qualquer dispositivo que possa acumular água parada, visto que o mosquito não precisa de uma água limpa para se proliferar. É preciso fazer a limpeza das calhas para que a água escorra corretamente, além de outras ações como vedar a caixa d’água. São atitudes simples, que podem trazer um resultado benéfico para o poder público e para a sociedade”, concluiu.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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