Press "Enter" to skip to content

Casos confirmados de Chikungunya sobem 525% e estado caminha para epidemia

Última atualização 23/09/2022 | 16:38

Além do combate à Covid-19 e à varíola dos macacos, Goiás pode enfrentar nos próximos meses uma epidemia de Chikungunya, provocada pelo aumento assustador de ocorrências da doença. Até o momento, a Secretária de Estado da Saúde (SES) notificou 5.508 casos do vírus, cerca de 362% a mais do que o registrado em todo ano passado. Ou seja, a cada duas horas, uma pessoa foi infectada pelo mosquito Aedes aegypti, em 2022.

O número de casos confirmados de Chikungunya é ainda maior, conforme a pasta. Foram 3.616 casos confirmados este ano, contra 1192 casos de 2021. Ou seja, um aumento de 525%. O número de municípios com a presença do vírus também cresceu, passando de 30 cidades em 2021, para 79 nos primeiros nove meses de 2022. Entretanto, a letalidade é baixa, com apenas cinco mortes. 

Aumento

Conforme o Coordenador de Vetores da SES, Murilo do Carmo, o aumento de casos está relacionado ao número atípico de chuvas registrado este ano em Goiás, fazendo com que o mosquito se ploliferasse com mais rapidez. Outro fator crucial é a falta de imunização contra a doença, visto que não existem vacinas para combater a Chikungunya.

“Com a chegada das chuvas, o número de criadouros irá aumentar e, consequentemente, o número de mosquitos também. Nós temos todas as condições biológicas e humanas para virmos a ter uma epidemia de febre Chikungunya no estado. Há dois anos atrás não tínhamos casos confirmados da doença no estado. Hoje temos 79 cidades com a presença do vírus confirmada por laboratório”, explicou. 

Prevenção e conscientização

Ainda de acordo com Murilo, a população precisava ajudar no combate à doença, fazendo o ‘dever de casa’ como limpar as calhas e eliminar possíveis  ‘berços’ do mosquito. Ele afirma que mais de 90% dos criadouros do Aedes aegypti são encontrados em residências durante as fiscalizações da pasta.

“É preciso evitar qualquer dispositivo que possa acumular água parada, visto que o mosquito não precisa de uma água limpa para se proliferar. É preciso fazer a limpeza das calhas para que a água escorra corretamente, além de outras ações como vedar a caixa d’água. São atitudes simples, que podem trazer um resultado benéfico para o poder público e para a sociedade”, concluiu.