Horror no terreiro: o que se sabe sobre os casos de abuso e tortura
Um novo vídeo mostrou um jovem sendo torturado pelo pai de santo. Ao todo, três jovens foram brutalmente abusados pelos líderes espirituais
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) [https://www.pcdf.df.gov.br/] apura casos de exploração e tortura cometidos nos terreiros dos líderes Hayra Vitória Pereira Nunes [https://www.de.com/colunas/mirelle-pinheiro/quem-e-a-mae-de-santo-que-transformou-adolescentes-em-escravos-no-df], conhecida como Mãe Hayra, 22 anos, e Alex Silva [https://www.de.com/colunas/mirelle-pinheiro/escravos-sexuais-novo-video-mostra-jovem-torturado-por-pai-de-santo], 23, pai de santo e auxiliar de Hayra. Os dois teriam usado o espaço destinado a ritos e atendimentos espirituais para cometer sessões de tortura.
Conforme a coluna noticiou nesta quarta-feira (18/3), um novo vídeo mostra Alex Silva [https://www.de.com/colunas/mirelle-pinheiro/escravos-sexuais-novo-video-mostra-jovem-torturado-por-pai-de-santo] agredindo brutalmente um jovem a pauladas dentro de um terreiro gerenciado pelos dois investigados.
HISTÓRICO DE AGRESSÕES NO TERREIRO
* O grupo passou a ser investigado após a denúncia de uma adolescente trans, de 17 anos, que fugiu do terreiro de Mãe Hayra no fim de janeiro deste ano.
* Quando chegou à casa do pai, a jovem apresentava queimaduras de terceiro grau nas mãos e na língua, hematomas na cabeça e cabelo cortado à força.
* Segundo as investigações, a jovem que teria sido mantida no terreiro relatou que Alex Silva ordenou que uma menina queimasse suas mãos e sua língua como forma de punição. Segundo os depoimentos, essa prática era comum dentro do terreiro, usado como método de controle e submissão das vítimas.
PRISÃO DE HAYRA VITÓRIA
Presa pela PCDF por submeter adolescentes e mulheres a sessões de t0rtura, a líder espiritual, Hayra Vitória, fazia uso da religião como um disfarce para conquistar a confiança de pessoas em situação de vulnerabilidade.
A mãe de santo oferecia promessas de emprego e acolhimento dentro de seu terreiro, localizado no Gama. Uma vez dentro de sua casa, as vítimas passavam a viver sob total submissão.
A coluna entrou em contato com o Pai Alex para se manifestar sobre o vídeo, mas não obteve retorno até a última atualização deste texto. O espaço segue aberto.
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