Casos de agressão contra profissionais de saúde aumentam em Goiás

Os casos de agressão contra profissionais da saúde em Goiás vem registrando crescimento. Apenas no ano passado foram realizadas 10 denúncias de agressões físicas contra a categoria. Entretanto, em 2022, três profissionais já procuraram o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde) para relatar esse tipo de situação no ambiente de trabalho.

Entre os locais que ocorreram os crimes em 2021 estão: Cais de Campinas (3), Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira – Hugol (2), Cais do Bairro Goiá (2), Cais Amendoeiras (1) e Cais Novo Mundo (1). Já este ano os registros de agressão ocorrerem no Cais de Campinas (1), Cais Amendoeiras (1) e Cais Chácara do Governador (1).

A médica Eny Cristina da Cunha Godinho Aires, de 51 anos, faz parte dos profissionais que foram agredidos enquanto trabalhavam. Ela diz que durante o plantão de domingo (3), foi agredida com chutes pela filha de um paciente no Hospital Municipal de Monte Alegre de Goiás. A profissional, inclusive, abriu um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) contra a agressora por lesão corporal.

“Estou pensando seriamente em completar minha escala de plantões e me desligar do município. Eu amo a minha profissão, mas nunca pensei que seria agredida no meu local de trabalho. Estou com vários hematomas pelo corpo. Agora, só quero justiça”, explicou.

Números podem ser maiores

Para a vice-presidente do Sindsaúde, Neia Vieira, os dados são superficiais. Ela acreditada que os números podem ser ainda maiores, visto que muitos profissionais deixam de denunciar agressões verbais e até mesmo físicas.

O motivo do crescimento de profissionais da saúde vítimas de violência pode estar relacionada a falta de segurança nas unidades de saúde, segundo Neia.

“A gente vem recebendo inúmeras denúncias de profissionais de várias unidades de saúde. Os profissionais estão sobrecarregados, trabalhando durante a pandemia com a falta de insumos, equipamentos e tentando atender a população com um serviço de digno. Precisamos que as condições de melhores condições de trabalho e que mais profissionais sejam contratados. Além disso, a Guarda Civil, que deveria proteger os trabalhadores não está presente nos postos de saúde durante à noite e em determinados locais”, concluiu.

Nota GCM

A respeito de solicitação deste veículo de comunicação, a Agência da Guarda Civil Metropolitana de Goiânia (AGCMG), informa o que se segue:

-A Guarda Civil segue com atendimento às unidades municipais de Saúde, por meio do patrulhamento preventivo presencial, rondas, e botão do pânico.

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Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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