Casos de dengue aumentam no Brasil, mas estado de Goiás tem queda

Domingo é o Dia Nacional de Combate ao Aedes Aegypti

No último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, foi constatado um aumento de casos prováveis de dengue no Brasil. O levantamento avalia os números registrados desde a primeira até a 35ª Semana Epidemiológica do ano e contabilizou mais de 1,5 milhões de casos, 16,52% maior do que o observado no mesmo período do ano anterior.

Em números absolutos, foi um aumento de 1,3 milhões para 1,5 milhões de casos até a 35ª semana deste ano. O maior coeficiente de incidência é na Região Sul, com 1.269,8 casos a cada 100 mil habitantes. O segundo está na Região Sudeste, com incidência de 1.028,6 casos por 100 mil habitantes e, depois, no Centro-Oeste, com 935,8 por 100 mil habitantes.

Dengue em Goiás vai na contramão

Entretanto, em Goiás, o número de casos tem apresentado queda neste ano em relação ao ano passado. O mesmo Boletim do Ministério da Saúde aponta que, até a 35º Semana Epidemiológica, houve uma redução de 71.48% de casos prováveis no estado goiano.

Em número absolutos, foi uma queda de mais de 191 mil casos, em 2022, para mais pouco mais de 54 mil, em 2023, no mesmo período.

O número de casos de dengue grave também reduziu; foram 277 casos no ano passado e a quantidade caiu para 57, neste ano. Além dos casos graves, o número de óbitos em decorrência da dengue também caiu, em uma queda de 86,92% de óbitos caudados pela doença em relação ao ano anterior. Esses dados todos são do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, que considera os casos apurados até a 35ª semana, que terminou no início do mês de setembro.

Já os indicadores da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) revela dados mais recentes da doença no estado. A plataforma da SES-GO apresenta o número de casos até a 43ª Semana Epidemiológica que encerrou no último domingo, 29, revelando que o número de casos tem reduzido em relação ao ano anterior.

De acordo com a Secretaria, até o momento, Goiás tem apresentado uma redução de 60% nas notificações se comparado ao ano anterior. Dos 246 municípios goianos, apenas quatro apresentam uma alta incidência da doença: Ouro Verde de Goiás, com 452 a cada 100 mil habitantes; Jataí, com 346 por 100 mil; Adelândia, com 318 por 100 mil; e Três Ranchos, 35 por 100 mil.

Há ainda 14 municípios com média incidência: Rio Verde, Montes Claros de Goiás, Diorama, São Luís de Montes Belos, Firminópolis, Piracanjuba, Anápolis, Santo Antônio do Descoberto, Cocalzinho de Goiás, Jaraguá, Barro Alto, Guarani de Goiás, Vila Propício e Nova Iguaçu de Goiás. Todos os outros possuem baixa incidência.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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