Jovem que desapareceu há mais de 10 anos: entenda como a polícia trabalha em casos de desaparecimento de longo prazo
Segundo delegado, casos com desaparecidos continuam em aberto até que a vítima seja encontrada. Ele explica que a principal lei nacional sobre desaparecidos surgiu apenas em 2019.
Jovem que está desaparecida há mais de 10 anos deixou filho com irmã antes de sumir
Juliana da Silva Medeiros desapareceu aos 18 anos, em 2013, em Luziânia, e o caso continua sendo investigado pela Polícia Civil, de acordo com o delegado responsável pelo caso, Fellipe Guerrilha. Ao DE, o delegado do Grupo de Investigação de Desaparecidos (GID) em Goiânia, Pedromar Souza, explicou que não há prazos de encerramento em casos de desaparecimento.
Pedromar explicou que os casos são investigados individualmente pelas delegacias mais próximas de onde cada fato ocorreu. Segundo ele, com o passar do tempo, a complexidade do caso costuma aumentar, mas a Polícia Civil continua tentando encontrar novas linhas de investigação que possam levar à vítima.
O delegado destacou a importância de o familiar da vítima participar da Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas, que pode ajudar na identificação mesmo em outros estados. De acordo com Pedromar, a coleta também pode ser solicitada em qualquer delegacia após 60 dias do desaparecimento.
Pedromar também contou que, por lei, os casos continuam em aberto até que a vítima seja encontrada, mas podem ficar em espera até que apareçam novos elementos para prosseguir com as investigações.
Segundo Pedromar, a principal lei nacional sobre desaparecidos surgiu apenas em 2019, instituindo o Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas (CNPD). Mesmo assim, Pedromar destacou que cada estado ainda mantém uma forma própria de lidar com os casos.
De acordo com ele, com as mudanças, alguns casos seguiram em aberto. O delegado explicou que isso acontecia porque alguns familiares não comunicavam que a vítima havia retornado para casa. Para prevenir isso, Pedromar contou que o GID mantém contato com os comunicantes para saber se o desaparecido retornou para o lar.
Juliana da Silva Medeiros desapareceu em Luziânia, após sair para fazer um curso e deixar o filho de um ano e seis meses com a irmã, Karolayne Medeiros. Segundo a irmã, a família começou a entrar em desespero após receberem uma mensagem do número de Juliana.




