Casos de homicídios em Goiás diminuíram 11,24% entre 2016 e 2018, diz SSP

Houve redução significativa de 11,24% e 24,22% nos casos de registros de homicídios e latrocínios, respectivamente, entre março de 2016 e janeiro de 2018, segundo relatório da Secretaria de Segurança Pública apresentado, nessa quinta-feira (8), pelo titular Ricardo Balestreri, que encerra sua gestão ainda neste mês. Foi destacada também pesquisa de perfis das armas apreendidas em Goiás, primeira do tipo no Brasil.

Houve queda em todos os indicadores de criminalidade durante a gestão de Balestreri, segundo relatório apresentado na coletiva. “Foram 1230 vidas salvas, sendo uma redução geral de 10,13% ao contar todos os índices apresentados”, revela o secretário. Para comparativo, de março de 2016 a janeiro de 2017 as ocorrências registradas de roubo a comércio foram de 8.099, enquanto em março de 2017 a janeiro de 2018 foram 5.458, havendo queda de 32,61%, enquanto isso, houve redução de 21,56% no número de roubos de veículos.

Ao ser questionado a respeito de ainda haver muita violência no estado, o secretário concordou, lembrando que é um trabalho lento, mas que está melhorando. “Houve uma redução muito expressiva nos números de homicídios e latrocínios, pois são os crimes mais hediondos, mais bárbaros, mas é claro que a população ainda precisa de muito mais, porém precisamos fazer esse trabalho ‘sem mágica’, este trabalho científico nos tornou o Estado que mais reduz a criminalidade no país”

O secretário destacou ainda a portaria que determina o pagamento de R$ 300 para policiais e bombeiros por cada mandado cumprido ou arma apreendida. O pagamento será feito aos agentes que participarem diretamente da ação policial que resultou no cumprimento de mandados pelos crimes de homicídio, tentativa de homicídio, latrocínio, estupro, tráfico de drogas, roubo de veículo e organização e associação criminosa.

“Qualquer boa empresa paga incentivos para que seus funcionários tenham motivação. Esta iniciativa, sem dúvida, serve para valorizar a produtividade de nossos policiais, que trabalham dioturnamente para coibir a violência”, destacou. Ele lembrou ainda que a promoção de cursos acadêmicos e de pós-graduação para as policias, a ampliação de participação dos municípios do estado de Goiás na força pública ajudou na redução dos índices.

Confira a lista completa porcentagem de queda nos tipos de ocorrências entre março de 2016 e janeiro de 2018:

Homicídio: -11,24%

Tentativa de homicídio: -16,19%

Latrocínio: -24,22%

Roubo em Residência: -16,88%

Roubo de Veículos: -21,56%

Roubo a Traunsente: -26,74%

Roubo a Comércio: -32,61%

Furto em Residência: -5,38%

Furto de Veículos: -8,58%

Furto a Traunsente: -19,26%

Furto em Comércio: -14,65%

Estupro: -4,39%

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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