Glauber Braga: entenda o processo de cassação de deputado do PSOL
Parlamentar é acusado de ter agredido integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) em meio à discussão ocorrida em abril passado na Câmara
Na última quarta-feira (2), o deputado federal Paulo Magalhães (PSD-BA), relator de representação contra Glauber Braga (PSOL-RJ) no Conselho de Ética da Câmara, votou a favor da cassação do mandato do colega.
Logo após o relator apresentar seu parecer, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), pediu vistas do processo – mais tempo para análise – do processo, que deve ser retomado somente na próxima semana.
Em abril de 2024, Glauber e um influenciador do Movimento Brasil Livre (MBL), identificado como Gabriel Costenaro, discutiram dentro da Câmara. Na ocasião, o deputado expulsou Costenaro do prédio com empurrões e chutes. A confusão se arrastou até a rua.
A representação contra o parlamentar foi apresentada ainda em abril passado pelo Partido Novo. A legenda argumenta que Glauber ameaçou agredir o integrante do MBL caso ele tentasse entrar novamente no anexo.
Na sessão de ontem no Conselho de Ética, o relator alegou que os empurrões e chutes do deputado do PSOL foram comprovados por vídeos e que Costenaro não reagiu, além de ter sido agredido fora das dependências da Câmara.
O parlamentar do PSOL afirma que o ativista do MBL tinha um histórico de provocações contra ele que culminaram em ofensas à sua mãe. No decorrer da sessão de quarta-feira, Glauber disse estar “indignado”, mas com o “coração tranquilo”.
O relatório de Paulo Magalhães deve ser votado na próxima sessão do Conselho de Ética, ainda sem data definida. Caso o parecer seja aprovado, ele segue para o plenário da Câmara, que dará a palavra final a respeito do tema. Para que o mandato de Glauber seja cassado, são necessários ao menos 257 votos (maioria absoluta), em votação aberta.