A sessão de cassação do, agora, ex-vereador Pedro Alencar Azevedo, o Pedrinho Diário do Estado (União Brasil), durou 10h30 e teve a sua participação diretamente da penitenciária Professor João Pimenta da Veiga, em Uberlândia, onde está preso desde 21 de fevereiro. Ele responde a um processo por lesão corporal qualificada, ameaça e injúria, além de posse irregular de munições e porte ilegal de arma de fogo.
A cassação teve início às 17h para votar a quebra de decoro parlamentar. Durante a sessão, foram exibidos vídeos de todas as testemunhas ouvidas pela Comissão Processante (CP). A principal testemunha foi a ex-namorada de Pedrinho que relatou agressões sofridas em determinadas datas e expôs aspectos da sua relação com o ex-vereador. Além disso, foi exibido um vídeo do depoimento de Pedrinho e lidas as considerações da defesa, culminando com o manifesto do ex-vereador por videoconferência.
Negando todas as acusações e argumentando falta de provas, Pedrinho defendeu seu mandato veementemente por aproximadamente 2 horas antes da votação, que resultou em sua cassação por unanimidade com o voto dos vereadores presentes. Apenas o presidente Matheus Paccini (PDT) e o vereador Márcio Fernando Costa não votaram, apresentando motivos distintos para sua ausência na decisão.
Com a cassação de Pedro Alencar, Márcio Fernando Costa, conhecido como Márcio Dunga (União), que já ocupava o cargo de suplente, permanece como vereador. As denúncias de agressão envolvendo Pedrinho MinasAcontece foram feitas pela sua ex-namorada, uma mulher de 22 anos, que relatou agressões físicas e ameaças em diferentes ocasiões. Após exames médicos confirmarem as agressões, a polícia encontrou munições e entorpecentes em busca realizada na residência do vereador.
A defesa de Pedrinho, que apresentou pedidos de habeas corpus para a liberdade do ex-vereador, teve os recursos negados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O TJMG informou que o processo segue em andamento, com solicitações da defesa para relaxamento da prisão, mas foi indeferido pela juíza da 2ª Vara Criminal e de Execuções Penais da Comarca de Alfenas em abril. O caso segue em segredo de Justiça, com o último andamento em maio com as alegações finais do Ministério Público sobre o caso.