Catador de material reciclável é indiciado pelo incêndio no viaduto da T-63

Catador de material reciclável é indiciado pelo incêndio no viaduto da T-63

O pintor e catador de material reciclável Baltazar Campos David, de 41 anos, foi indiciado por incendiar no viaduto da Avenida T-63. Segundo a Polícia Civil (PC), ele vai responder pelo crime de dolo eventual, pois sabia dos riscos que corria ao ascender o pedaço de papelão com fogo e incendiar o viaduto na última sexta-feira, 15. 

Baltazar, que chegou a ficar preso, contou que colocou fogo em um papelão para procurar drogas que haviam caído em um vão entre as placas de alumínio do viaduto. Rapidamente as chamas se espalharam pela lateral da trincheira da Avenida S-1, fomentadas pela presença de colchões e bebidas no chão.

De acordo com as investigações, o autor do incêndio tem passagens pela polícia por roubo, desacato e uso de drogas. E já foi abordado 14 vezes pela Polícia Militar (PM) desde janeiro de 2021. Por outro lado, o nome dele não consta no registro de abordagens feitas pelos serviços da Prefeitura de Goiânia, ofertados a pessoas em situação de rua ou vulnerabilidade.

Viaduto 

O viaduto João Alves de Queiroz, no cruzamento das Avenidas T-63 e Avenida 85, no setor Bueno, continua interditado. De acordo com a Prefeitura de Goiânia, será preciso reforçar a proteção dos pilares que ficaram comprometidos devido ao acidente.    

A trincheira e o anel interno foram liberados completamente para o trânsito na noite da última terça-feira, 19. Desde 2019, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO) tem pedido formalmente ao executivo municipal que fossem todas retiradas.

Com a liberação, o motorista pode trafegar na Avenida 85 nos sentidos norte e sul. Já a parte elevada do viaduto só será liberada “após conclusão dos estudos e pareceres sobre a estrutura” do local.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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