O presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, afirmou nesta terça-feira (10) que o governo regional celebrará uma sessão ordinária para declarar a independência da comunidade autônoma e iniciar um processo constituinte.
Em discurso ao parlamento que começou com uma hora de atraso em função de uma reunião de última hora entre o líder da Catalunha e seus aliados políticos, Puigdemont disse que “a consulta disse sim à independência e desta maneira, que estou pronto para este trânsito”. O presidente catalão pediu, no entanto, que “o efeito da declaração de independência seja suspenso durante algumas semanas para que se abra um diálogo”.
O líder disse que o governo realizará uma sessão ordinária para declarar formalmente a independência e iniciar um processo constituinte. A declaração acontece pouco mais de uma semana após o referendo sobre a separação, considerado ilegal pela Espanha, e agrava a pior crise política do país em décadas.
Ultimato
Mais cedo nesta terça-feira, Madri deu um ultimato a Puigdemont, a quem pediu “que não faça nada irreversível” e que “volte à legalidade”. Na segunda-feira, o primeiro-ministro espanhol, Maniano Rajoy, reforçou o posicionamento contrário ao movimento e afirmou que “a Espanha não será dividida. Em reunião do comitê de direção do PP (centro-direita, partido governante), Rajoy disse que o Executivo “fará tudo o que puder” para que a separação da Catalunha não aconteça.
“Tomaremos as medidas necessárias para impedir a independência. A separação da Catalunha não vai ocorrer. O Governo fará tudo o que puder para que assim seja”, disse.