Catedral de Ribeirão Preto: por que corre risco de ruir e qual a solução? Entenda o problema e como ajudar com a Lei Rouanet!

Fundação sem vigas, solo com areia: por que Catedral de Ribeirão Preto corre
risco de ruir e qual é a solução?

Construída no início do século 20, estrutura foi feita sobre pedras em solo
arenoso e não conta com vigas que hoje são comuns. Urgente, intervenção
estrutural vai custar R$ 2 milhões e pode ser custeada por pessoas e empresas
por meio de incentivos da Lei Rouanet.

VÍDEO: engenheiro explica riscos estruturais da Catedral de Ribeirão Preto
[https://s01.video.glbimg.com/x240/13215240.jpg]

Um dos cartões-postais de Ribeirão Preto (DE)
[https://DE.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/cidade/ribeirao-preto/],
patrimônio do estado e importante referência religiosa e artística, a Catedral
Metropolitana de São Sebastião tem dado tantos sinais de desgaste ao longo dos
anos que se torno alvo de uma campanha de arrecadação de recursos para obras
consideradas urgentes, inclusive com a possibilidade de incentivos por meio da
Lei Rouanet (veja mais abaixo como ajudar).

Isso porque o prédio, que data do início do século 20, foi feito com padrões
construtivos bem diferentes dos atuais e que hoje, associados aos efeitos do
tempo, ao crescimento urbano e ao trânsito do entorno, se convertem em
rachaduras cada vez maiores.

Para explicar a origem e a solução do problema, a EPTV, afiliada da TV Globo no
interior de São Paulo, entrevistou o engenheiro civil José Batista Ferreira,
presidente da Associação das Incorporadoras, Loteadoras e Construtoras de
Ribeirão Preto (Assilcon), que teve acesso aos estudos realizados na catedral.

“Um templo religioso importantíssimo de mais de 100 anos e uma obra de arte, que
a população deve participar desse momento importante”, diz.

ESTRUTURA ANTIGA E AREIA NO SOLO

Segundo Ferreira, quando a catedral foi construída, há mais de 100 anos, o
método utilizado para a fundação era bem diferente do atual. O templo foi feito
sobre pedras mais largas do que a construção em si, mas que atingiam, ao máximo,
dois metros abaixo do solo, em vez de ter vigas e estacas, que alcançam áreas
mais profundas.

Além disso, a topografia da região em que a igreja está instalada, bem no
Centro, com muitos carros, e as características do solo, com o tempo, se
tornaram inimigas da estrutura.

Para acabar com as rachaduras e evitar que a igreja continue a ruir, o projeto
de restauro prevê, como fase primordial, uma intervenção complexa, mas
necessária nas bases do templo para compensar essa fragilidade da fundação.

Para isso, o chão da igreja será perfurado em diferentes pontos para a
instalação de estacas em camadas mais profundas do solo e que levam bulbos nas
pontas.

Somente essa etapa custará R$ 2 milhões de um total de R$ 14 milhões previstos
para a recuperação total do templo.

Uma comissão composta por representantes de diversos setores da sociedade deu
início à campanha “Salve a Catedral”, com diferentes iniciativas para arrecadar
fundos para as obras, entre elas:

– revista: uma das principais ações é a venda da revista ‘Salve a Catedral’,
criada especialmente para reunir fundos. A publicação apresenta a rica
história da igreja, curiosidades sobre sua construção e a importância de seu
restauro para Ribeirão Preto. Ela custa R$ 15 e pode ser adquirida na
secretaria paroquial;
– doações online: interessados também podem colaborar com a campanha pelo site
oficial da campanha [https://salveacatedral.com.br/sobre]. A plataforma
oferece diversas opções de doação e informações detalhadas sobre o andamento
do projeto de restauro;
– incentivos fiscais: o Instituto Nova Era, uma organização civil que faz parte
dos esforços de restauro da catedral, conseguiu recentemente a permissão do
governo federal para captar, por intermédio da Lei Rouanet, até R$ 3,8
milhões de abatimentos do Imposto de Renda de empresas (4%) e pessoas físicas
(6%).

Projetado pelo arquiteto sueco Carlos Ekman , o atual prédio da catedral foi
construído entre 1904 e 1918, em estilo neogótico, e foi erguido com apoio da
população local.

Anos depois, a igreja foi ilustrada com pinturas do artista plástico Benedito
Calixto sobre a vida de São Sebastião, padroeiro da cidade, além da cúpula
colorida por Nicolau Biagini e dos afrescos laterais produzidos por Joaquim
d’Athaide.

Em 1958, a Catedral foi elevada a Arquidiocese de Ribeirão Preto e congrega
paróquias de 20 cidades da região.

Em 2009, o prédio foi tombado pelo Conselho de Preservação do Patrimônio
Artístico e Cultural de Ribeirão Preto (Conpacc) e, em 2014, a igreja foi
tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico
e Turístico do Estado (Condephaat), mas, ao longo dos últimos anos, as
rachaduras aparentes aumentaram o alerta com relação à estrutura.

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Casa desabou e árvore caiu sobre rede elétrica em Ferraz de Vasconcelos: ocorrências provocadas pelas chuvas.

Uma casa desabou e uma árvore caiu sobre a rede elétrica, nesta terça-feira (7), por conta das chuvas registradas em Ferraz de Vasconcelos. De acordo com a Prefeitura, ninguém ficou ferido. A administração municipal informou que a casa, localizada na Rua José Conrado do Nascimento, no Jardim Ione, já estava interditada há um tempo e a família, inclusive, já foi indenizada e por isso o imóvel estava desocupado.

Ainda segundo a Prefeitura, o desabamento foi decorrente das chuvas das últimas semanas, já que aconteceu na manhã desta terça-feira. A administração municipal informou também que está prevista a implantação de uma escada hidráulica no bairro, o que ainda não tem data para acontecer.

Na Rua das Indústrias, uma árvore caiu e ficou sobre os fios da rede elétrica, na tarde desta terça-feira. Na mesma via, telhas caíram em cima de um carro que estava estacionado. A situação gerou transtornos e preocupações para os moradores da região de Ferraz de Vasconcelos.

A ocorrência desses incidentes demonstra a gravidade das condições climáticas e a necessidade de medidas preventivas por parte das autoridades competentes. Com as chuvas intensas, os impactos são visíveis e comprometem a segurança e a infraestrutura local.

Os riscos de desabamentos e quedas de árvores sobre a rede elétrica são problemas recorrentes em épocas de chuvas fortes, reforçando a importância de ações de manutenção e vistoria constante. A população deve manter-se alerta e comunicar as autoridades em caso de situações que representem perigo iminente.

Diante desse cenário, a Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos deve adotar medidas eficientes para minimizar os impactos das chuvas e garantir a segurança da população. Investimentos em infraestrutura e ações preventivas são essenciais para evitar ocorrências como as mencionadas, preservando vidas e bens materiais. A conscientização e a colaboração de todos são fundamentais para lidar com essas situações de forma adequada e segura.

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