“Católico fervoroso”, Joe Biden entra em conflito com a Igreja por decisão pró-aborto

Descrito pela mídia internacional como um “católico fervoroso“, o novo presidente democrata dos Estados Unidos, Joe Biden, revogou uma norma que barrava o financiamento governamental para ONGs que promovem o aborto no país.

Nos EUA, por conta da chamada decisão “Roe v. Wade“, o procedimento é legalizado no país. Isto não significa que o governo pode financiar grupos ou quaisquer entidades abortistas. Normalmente, entre os mandatos de presidentes Republicanos (conservadores) a partir de Ronald Reagan até Donald Trump, vigora a “política da Cidade do México”, que barra financiamento público para este tipo de ação.

Joe Biden, como todos os presidente democratas, anulou esta regra nesta quinta-feira, 28, contrariando a posição da Igreja Católica e assumidamente do Papa Francisco. A religião de Biden acredita que a vida humana tem valor intrínseco, do momento da concepção até a morte (por isso a eutanásia também é considerada uma prática pecaminosa).

Em 22 de janeiro, aniversário da “Roe v. Wade”, o novo governo dos EUA indicou que “a administração Biden-Harris está comprometida em codificar Roe vs. Wade, assim como em nomear juízes que respeitem precedentes fundacionais como Roe”. Em resposta, a Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos chamou a declaração de “profundamente perturbadora“.

“Exortamos firmemente o presidente a rejeitar o aborto e a promover a ajuda em favor das mulheres e das comunidades necessitadas”, indicou Dom Joseph Naumann, Arcebispo de Kansas City e chefe do Comitê de Atividades Pró-Vida da Conferência.

Biden, no entanto, teria pedido “medidas imediatas para reverter as regulamentações”, possibilitando que o governo americano financie clínicas de aborto, como a famosa Planned Parenthood. Por causa do aborto, o presidente já teve a comunhão negada por um padre, em missa durante a pré-campanha.

Imagem: AP Photo/Andrew Harnik

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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