Cavalhadas: circuito começa neste fim de semana em quatro cidades goianas

Cavalhadas: circuito começa neste fim de semana em quatro cidades goianas

O Circuito das Cavalhadas 2022 começa nesta sábado, 4. Posse, Jaraguá, Pirenópolis e Santa Cruz de Goiás participam da primeira etapa. Com entradas gratuitas, a manifestação cultural volta a acontecer após dois anos suspensa por causa da pandemia.

Segundo a Secretaria de Estado de Cultura, em 2022, as Cavalhadas acontecem em 12 municípios. Corumbá, Jaraguá, Palmeiras de Goiás, São Francisco, Crixás, Santa Cruz de Goiás, Santa Terezinha, Hidrolina, Pilar de Goiás, Pirenópolis, Posse, e cidade de Goiás. A pasta informou ainda que transferiu 3,1 milhões às cidades para apoiar as festas.

Santa Cruz é o primeiro município a receber as Cavalhadas este ano. No sábado, 4, e domingo, 5, as festividades acontecem no Centro Cultural Tio Negrinho, a partir das 15h. A cidade foi a primeira a organizar Cavalhadas, em 1816, segundo documentos históricos.

Em Posse, as Cavalhadas fazem parte da Festa do Divino Espírito Santo e completam 102 anos em 2022. No município, as festividades acontecem à noite e começam com o rapto da rainha, ou princesa cristã, pelo rei pagão (mouro), que será combatido e vencido pelo rei cristão. A festividade simboliza a vitória do cristianismo sobre o paganismo.

Já em Jaraguá, as festas começam no sábado, 5, e continuam no domingo, 6, no Clube das Cavalhadas José Natal da Silveira. Em Pirenópolis, também começam no sábado e vão até terça-feira, 7, no Módulo Esportivo.

Tradição

As festividades representam as batalhas entre cristãos e mouros, na Península Ibérica, durante os séculos IX e XV. São dois exércitos, cada um com 12 cavaleiros, que encenam uma luta coreografada, com diversos ornamentos.

As Cavalhadas também contam com os Mascarados, personagens que representam o povo e vão às ruas, a pé ou a cavalo, fazendo algazarras. Cada batalha dura dura dois ou três dias, sempre com os cristãos vencendo os mouros e se convertendo ao cristianismo.

Confira o calendário das Cavalhadas:

  • Santa Cruz de Goiás
    Data: 04 e 05 de junho
    Local: Centro Cultural Tio Negrinho, Centro, Santa Cruz de Goiás (GO)
    Horário: 15h
  • Posse
    Data: 04 de junho – 20h30
    05 de junho – 15h
    Local: Estádio Serra das Araras, R. Est. José Fernandes, 189 – Cafelândios, Posse (GO)
  • Jaraguá
    Data: 05 e 06 de junho
    Local: Clube das Cavalhadas José Natal da Silveira, Jaraguá (GO)
    Horário: 14h30
  • Pirenópolis
    Data: 05,06 e 07 de junho
    Horário: 14h
    Local: Módulo Esportivo de Pirenópolis, Pirenópolis (GO)

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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