Cavalhadas de Pirenópolis serão realizadas em maio

As populares Cavalhadas de Pirenópolis voltarão a ocorrer no Cavalhódromo da cidade nos dias 28, 29 e 30 de maio. O local estava interditado desde setembro de 2021 por causa de problemas em pontos como arquibancadas, rampas e escadas. Para que o evento seja realizado no habitual campo de batalhas, o Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), promoverá uma série de adequações, como a remoção de escadas e rampas de acesso que estão com as estruturas comprometidas.

“As arquibancadas também serão isoladas e o espaço terá ajustes para receber os camarotes provisórios que serão instalados no local”, adiantou a secretária interina de Estado da Cultura, Yara Nunes. Após o evento, a Secult promoverá uma reforma total no Cavalhódromo.

Ronaldo Félix, secretário de cultura de Pirenópolis, celebra a volta das Cavalhadas para o local. “A Festa do Divino possui uma integração entre todas as suas partes, as alvoradas, as procissões, o cortejo do imperador, as novenas; tudo isso acontece em locais muito próximos uns dos outros. Então, com o retorno para o Cavalhódromo, as Cavalhadas voltam a integrar esse circuito tão importante, que é a característica da Festa do Divino”, disse.

História

As Cavalhadas são celebrações que fazem parte da Festa do Divino Espírito Santo. Inspiradas nas tradições de Portugal e da Espanha na Idade Média, elas ocorrem há mais de 200 anos em Goiás, como uma demonstração de religiosidade e cultura, além de serem também um incentivo ao turismo e à economia local.

O cenário consiste em uma representação das batalhas entre cristãos e mouros que ocorreram durante a ocupação moura na Península Ibérica (século IX a século XV). São dois exércitos com 12 cavaleiros cada, que durante três dias se apresentam, encenando a luta ricamente ornada e com belíssimas coreografias. Junto a essa manifestação, há a presença dos mascarados, personagens incontáveis que se vestem com máscaras e saem às ruas, a cavalo ou a pé, fazendo algazarras.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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