Cavalhadas voltam a ser realizadas na Cidade de Goiás após 70 anos

Cavalhadas voltam a ser realizadas na cidade de Goiás após 70 anos

Após 70 anos suspensas, as Cavalhadas retornam à Cidade de Goiás nesta terça-feira, 11. As encenações das batalhas entre mouros e cristãos serão realizadas nos dias 11 e 12, no Estádio Hélio de Loyola, e fazem parte de uma programação com missas, cavalgadas, e show de Ryan Barreto. O retorno recebeu apoio do Governo de Goiás, por meio das Secretarias de Cultura (Secult) e da Retomada. 

‘’A participação desse município histórico, que é o berço da cultura goiana, mostra que estamos cumprindo a determinação do governador Ronaldo Caiado de valorizar as nossas tradições e interiorizar a cultura”, destacou o secretário de Cultura Marcelo Carneiro. 

O município é o décimo segundo a receber o circuito das Cavalhadas 2022, iniciado em junho. Foram destinados R$ 200 mil para a preparação dos festejos, além de R$ 3,1 milhões de recursos estaduais para o financiamento das festas. A verba foi utilizada na aquisição de vestuários para os cavaleiros, acessórios dos festejos, decoração, entre outros itens. 

Além da Cidade de Goiás, outros onze municípios recebem a apresentação. São eles:Corumbá, Jaraguá, Palmeiras de Goiás, São Francisco, Crixás, Santa Cruz de Goiás, Santa Terezinha, Hidrolina, Pilar de Goiás, Pirenópolis e Posse.

Confira a programação:

  • 11 de outubro

17h30 – Carreata com os Reis das Cavalhadas (saída do Estádio Hélios de Loyola).

19h – Treino no Campo (Estádio Hélios de Loyola).

20h30 – DJ  Kavanhaki (Estádio Hélios de Loyola).

22h – Show com Rayan Barreto (Estádio Hélios de Loyola).

  • 12 de outubro

7h – Missa em Areias (Santuário Diocesano de Nossa Senhora Aparecida).

10h – Cavalgada da Praça do João Francisco até o Estádio Hélios de Loyola.

10h30 – Cavalhadas (Estádio Hélios de Loyola).

Batalhas 

As Cavalhadas é uma festa religiosa e folclórica inspirada nas heranças culturais de Portugal e da Espanha na Idade Média. Elas começaram a ser representadas no Brasil no século XVI, tendo seu primeiro registro em Goiás em 1751 na cidade de Santa Luzia (hoje Luziânia). 

O cenário consiste na representação das batalhas entre cristãos e mouros na Península Ibérica ocorridas entre os séculos IV e XV. Dois exércitos, com 12 cavaleiros de cada lado, encenam uma luta coreografada e repleta de ornamentos. Na festa também há a presença de mascarados, personagens que representam o povo e saem às ruas, a pé ou a cavalo, promovendo algazarras. 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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