O DE cobra poder público após decisão de jogo contra o Cruzeiro com portões fechados
Clube diz que irá acatar a decisão por conta da isonomia, mas criticou o fato de as autoridades de segurança pública não conseguirem criar um plano para receber torcidas no jogo
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O Palmeiras diz que irá acatar a decisão da CBF de fazer o jogo contra o Cruzeiro com portões fechados nesta quarta-feira, às 21h30 (de Brasília), no Mineirão. O clube, porém, cobrou as autoridades diante da impossibilidade de garantir segurança caso as duas torcidas fossem ao estádio.
O comunicado foi feito neste domingo pela entidade, depois de o Ministério Público de Minas Gerais recomendar que o jogo ocorresse com torcida única. A solução da CBF foi fechar os portões do Mineirão para os dois clubes.
O motivo para isso é o receio do confronto entre as organizadas dos dois clubes, que brigaram em outubro. Um cruzeirense da Máfia Azul morreu em emboscada, e a Polícia busca prender líderes da Mancha Alviverde, principal torcida organizada do Palmeiras.
“A Sociedade Esportiva Palmeiras informa que recebeu, neste domingo (1), ofício da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) determinando que o jogo de quarta-feira (4) contra o Cruzeiro, pela penúltima rodada do Campeonato Brasileiro, seja disputado com portões fechados no Mineirão, em Belo Horizonte (MG).
O Palmeiras acatará a decisão da entidade, tomada em favor da isonomia após o Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) recomendar a realização da partida com torcida única do Cruzeiro, mas lamenta que as autoridades de segurança pública do referido estado não tenham apresentado um plano que pudesse garantir a presença de palmeirenses e cruzeirenses no estádio.
É inaceitável que um conflito entre organizadas ocorrido em uma rodovia (em um dia no qual nem Palmeiras nem Cruzeiro entraram em campo) acabe por penalizar ambos os clubes, bem como todos os torcedores que pretendiam comparecer ao Mineirão para incentivar suas equipes em um jogo de caráter decisivo.
Não será com medidas paliativas que vamos coibir condutas criminosas; para tanto, além da aplicação de punições severas contra os infratores, faz-se necessário, também, um esforço maior do poder público.