A CBF emitiu uma declaração onde discorda fortemente da atuação da Conmebol em casos de racismo. O presidente Ednaldo Rodrigues assinou um ofício explicando a decisão da Confederação Brasileira de Futebol em se posicionar contra a postura da entidade sul-americana. Essa discordância surgiu após uma declaração polêmica do presidente da Conmebol que gerou repúdio por parte do governo e dos jogadores brasileiros.

No comunicado oficial, a CBF ressaltou que a Conmebol não está seguindo as diretrizes mais rigorosas adotadas por ligas importantes, confederações e pela FIFA. A entidade brasileira enviou o documento como forma de esclarecer a assinatura de uma carta na qual dez confederações associadas à Conmebol se comprometeram com a luta contra o racismo, discriminação e violência.

A Confederação Brasileira de Futebol afirmou que a assinatura da carta foi feita pela Assessoria do Gabinete da Presidência, já que o presidente estava acompanhando a seleção brasileira em uma partida das Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA 2026. A CBF relembrou que solicitou a exclusão do Cerro Porteño da Libertadores Sub-20 após um caso de racismo contra um jogador do Palmeiras, mas a Conmebol não tomou nenhuma medida, o que levou a CBF a comunicar o fato à FIFA.

Além disso, a CBF reforçou a expectativa de que a Conmebol adote o protocolo antirracismo global da FIFA em suas competições, como a Libertadores e a Sul-Americana, para garantir punições adequadas em casos de racismo. Uma reunião foi convocada pela Conmebol com representantes de governos e federações associadas para discutir casos recentes de racismo, discriminação e violência, e está marcada para o dia 27 de março na sede da entidade, no Paraguai. Este encontro será essencial para debater a questão que é uma prioridade na Confederação.