A decisão da CBF de punir os atletas que subirem na bola durante as partidas de torneios organizados pela entidade está gerando polêmica. A Confederação Brasileira de Futebol emitiu uma nota oficial no último domingo (6) para justificar a medida, afirmando que seguiu os parâmetros da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol). Segundo a Comissão de Arbitragem da CBF, a orientação para aplicar cartão amarelo aos jogadores que realizarem tal ato é uma recomendação da Conmebol, visando inibir essa prática nas competições coordenadas pela entidade continental.

A repercussão da decisão da CBF foi imediata, com críticas de diversos nomes do futebol brasileiro. O pentacampeão do mundo Denílson lamentou o que considera um “engessamento” do jogo, questionando a falta de jogadores com a mesma personalidade de antigamente. Neymar também se manifestou, reforçando a insatisfação com a crescente limitação às jogadas criativas e provocativas, afirmando que o futebol está se tornando cada vez mais chato. As críticas se baseiam não apenas no impacto técnico da nova diretriz, mas também no controle emocional que faz parte do jogo.

A nota completa emitida pela CBF esclarece que a decisão de punir os jogadores que subirem na bola segue a orientação da Conmebol, que instruiu os árbitros a aplicarem cartão amarelo nesses casos. A medida técnica e disciplinar visa garantir o cumprimento das regras durante as partidas organizadas pela entidade continental. A preocupação da Comissão de Arbitragem é contribuir com os clubes brasileiros que disputam competições coordenadas pela Conmebol, incluindo a Seleção Brasileira em todas as suas categorias.

Na prática, o uso desse artifício durante o confronto entre Corinthians e Palmeiras na decisão do Campeonato Paulista foi evidenciado quando o atacante holandês Memphis Depay subiu na bola. Após a conquista do título estadual pelo Corinthians, as críticas à decisão da CBF ganharam ainda mais destaque. O debate sobre a limitação às jogadas criativas e a liberdade dos jogadores para expressarem suas habilidades continua em pauta, levantando questionamentos sobre o futuro do futebol brasileiro e sul-americano em relação a essa questão polêmica.