CCJ da Câmara aprova projeto que permite recontagem física de votos em amostras

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, 11, um projeto de lei que prevê a contagem física de votos em uma amostra aleatória de 5% das urnas ao final das eleições. O texto recebeu apoio significativo de parlamentares da oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A proposta original, apresentada pelo deputado Carlos Henrique Gaguim (União-TO), foi alterada por um substitutivo do deputado José Antonio Medeiros (PL-MT), que introduziu modificações ao texto. A contagem manual será realizada em sorteios públicos, com a presença de representantes dos partidos políticos, do Ministério Público e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Segundo o deputado José Antonio Medeiros, o objetivo é aprimorar a transparência e a confiabilidade do processo eleitoral sem comprometer a agilidade da apuração. Ele destacou que a iniciativa funcionará como uma auditoria, permitindo verificar possíveis divergências entre os resultados eletrônicos e os físicos.

O projeto também considera a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que declarou inconstitucional a impressão do voto, argumentando que essa prática comprometeria o sigilo e a liberdade do eleitor. O relator da matéria no STF, ministro Gilmar Mendes, destacou que as urnas eletrônicas possuem apenas mecanismos de impressão para o relatório inicial, conhecido como zerésima, e para o boletim de urna, emitidos no início e no fim da votação.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Ataque a assentamento do MST em Tremembé deixa dois mortos e seis feridos

Na noite de sexta-feira, 10, um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Tremembé, no interior de São Paulo, foi alvo de um violento ataque. Bandidos armados invadiram o Assentamento Olga Benário, localizado na Estrada Canegal, por volta das 23 horas.

Os agressores, usando vários carros e motos, chegaram atirando enquanto a maioria dos assentados dormia, incluindo crianças e idosos. O ataque resultou na morte de dois assentados, Valdir do Nascimento, de 52 anos, e Gleison Barbosa de Carvalho, de 28 anos. Além dos mortos, seis pessoas ficaram feridas e necessitaram de atendimento médico.

Resposta das autoridades

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que a Polícia Civil já está apurando o caso, que foi registrado como homicídio e tentativa de homicídio. O MST expressou sua indignação e exigiu a participação da Polícia Federal nas investigações.

O ministro do Desenvolvimento Agrário considerou o episódio um crime gravíssimo e pediu providências para apurar as responsabilidades. Parlamentares manifestaram sua indignação, clamando por respostas e justiça para as vítimas do ataque.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp