Ceará lidera no hábito de leitura no Nordeste, revela pesquisa 2024

Ceará é o único estado do Nordeste em que a maioria da população lê livros, diz estudo

A 6ª edição do levantamento “Retratos da Leitura no Brasil” aponta que 54% dos entrevistados do Ceará leram pelo menos um livro nos últimos três meses. No Nordeste, o Ceará foi o único estado onde a maior parte da população teve esse hábito, destacando-se acima da média nacional em termos de leitura.

Enquanto o Nordeste viu uma queda de cinco pontos percentuais na proporção de leitores em relação à pesquisa anterior, o Ceará manteve um bom índice de leitura, com resultados positivos no acesso à literatura.

O estado se destaca por ter ficado atrás apenas de Santa Catarina na proporção de leitores no Brasil, demonstrando um cenário favorável em termos de hábito de leitura na região nordestina. A pesquisa abrange a leitura de livros impressos e digitais, sem restringir gêneros, incluindo obras didáticas, bíblias e religiosas.

O levantamento revela que no Nordeste, a leitura de livros nos últimos três meses foi mais expressiva no Ceará, seguido por Pernambuco, Maranhão, Bahia, Sergipe, Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte, respectivamente. A frequência de leitura e acesso aos livros é predominantemente realizado por meio de aquisições em lojas físicas e virtuais, contrapondo a queda na média nacional de leitura nos últimos levantamentos.

A pesquisa “Retratos da Leitura” conduzida pelo Instituto Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria) entrevistou 5.504 pessoas em 208 municípios entre 30 de abril e 31 de julho de 2024, retratando o comportamento do leitor brasileiro. O Ceará também se destaca por ter a maior proporção de pessoas que leram algum livro nos últimos 12 meses, bem como por figurar na lista dos livros mais marcantes para os brasileiros, com a obra de José de Alencar, ‘Iracema’, como uma das mais citadas.

Na mesma linha, o Ceará lidera o ranking do Nordeste ao incentivar a leitura de livros indicados pela escola e pela leitura de livros de literatura por vontade própria. A frequência de leitura de livros tem proporções semelhantes no estado, com destaque para a preferência pela leitura de livros por vontade própria.

Em suma, o cenário da leitura no Ceará reflete um panorama positivo em meio a um país que está lendo menos. Com resultados animadores em termos de acesso, frequência e hábito de leitura, o estado se consolida como um exemplo de incentivo à cultura leitora, fomentando o interesse e a prática da leitura na região nordestina.

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Julgamento do assassinato do prefeito de Granjeiro: após 5 anos, família ainda aguarda por justiça

Após 5 anos, o assassinato do prefeito de Granjeiro ainda não teve um desfecho no julgamento dos criminosos envolvidos no caso. João Gregório Neto foi morto a tiros enquanto caminhava perto do Açude Junco em uma manhã de terça-feira, em 24 de dezembro de 2019, véspera de Natal. O prefeito foi atingido pelas costas e faleceu no local do crime.

Cinco anos se passaram desde o trágico episódio, mas a família ainda aguarda por respostas e por justiça em relação aos dez réus pronunciados pela morte de João Gregório. Entre os acusados estão o ex-vice-prefeito de Granjeiro, Ticiano da Fonseca Félix, seu pai Vicente Félix de Sousa e seu tio José Plácido da Cunha. Todos foram detidos durante as investigações, porém posteriormente foram libertados pela Justiça.

Segundo apurações do DE, apenas José Plácido da Cunha está sendo monitorado por uma tornozeleira eletrônica, sendo capturado em junho deste ano em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza, onde estava foragido. O processo criminal envolvendo o assassinato de João Gregório Neto está sob sigilo de justiça e os réus aguardam por um eventual julgamento.

Para a família do prefeito assassinado, o crime gerou um profundo impacto, especialmente após as mortes dos pais de João Gregório três anos depois. Em meio à dor e à saudade, o mês de dezembro se tornou um período marcado por lembranças dolorosas para aqueles que conviviam com ele.

A busca por justiça continua viva na família, como revela Fernanda Gregório, sobrinha de João. Mesmo com a passagem de cinco anos, a esperança de que os responsáveis sejam responsabilizados permanece, em meio às incertezas e à demora no desfecho do processo.

Com a defesa alegando inocência e questionando o processo da Polícia Civil, a demora no julgamento e a complexidade do caso envolvendo os réus acusados de participação no homicídio do prefeito de Granjeiro mantêm a expectativa por um desfecho que traga paz e justiça para a família e para a comunidade local. Os desdobramentos estão sob análise das autoridades competentes, no aguardo de que a verdade seja devidamente esclarecida.

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