Ceará registra sexto ataque a escolas brasileiras em menos de um mês

Um adolescente foi apreendido após cometer um ataque dentro de uma escola pública da zona rural do interior do Ceará na tarde desta quarta-feira, 12. É o sexto caso de violência praticado em instituições de ensino no País em menos de um mês. O aluno golpeou duas estudantes de nove anos de idade com machadinhas.

 

Uma das vítimas teve lesão superficial na cabeça e a outra teve ferimento profundo na região frontal da cabeça. A jovem em estado mais grave foi levado a um hospital de referência em uma cidade próxima ao do ataque, Farias Brito. De acordo com a Prefeitura, o agressor foi encaminhado para uma unidade de segurança pública na região.

 

“Lamentamos profundamente o ocorrido e nos solidarizamos com as famílias das vítimas. A administração municipal está tomando todas as medidas necessárias para apurar o caso. A escola adotou imediatamente as medidas disciplinares cabíveis para o aluno agressor e está prestando assistência aos envolvidos, oferecendo acompanhamento psicológico e médico para as vítimas e para as famílias”, diz uma nota à imprensa da Prefeitura sobre o ataque.

 

Relembre

 

No fim de março, um aluno matou uma professora e deixou cinco pessoas feridas em um colégio estadual de São Paulo. Aproximadamente dez dias depois, um homem pulou o muro de uma creche na cidade catarinense de Santa Catarina e matou quatro crianças. Nesta semana, um aluno tentou ferir colegas em uma escola particular. Em Goiás, dois casos foram registrados nesta semana: um em Aparecida de Goiânia e outro em Santa Teresa de Goiás. 

 

Denuncie 

 

O aumento dos registros de violência dentro das instituições têm mobilizado os governos federal, estadual e municipal.  O Ministério da Justiça e Segurança Pública criou um canal exclusivo para recebimento de informações de ameaças e ataques contra as escolas como uma das ações da Operação Escola Segura. Todas as denúncias são anônimas e as informações enviadas serão mantidas sob sigilo.O primeiro registro de ataque no Brasil ocorreu em 2022, em Salvador, quando um adolescente de 17 anos atirou contra duas colegas em uma escola particular. 

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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