Ceasa e Banco de Alimentos se unem para arrecadar mais donativos

O presidente da Central de Abastecimento de Goiás (Ceasa), Manoel de Castro, e a diretora de Unidades Socioassistenciais da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), Roberta Wendefort, inauguram, nesta quinta-feira, 10, às 9 horas, a Pedra 80, um espaço destinado ao Banco de Alimentos no Mercado do Produtor.

O local foi doado pela Ceasa ao Banco de Alimentos e visa dinamizar o processo de doação e coleta dos produtos arrecadados no entreposto, já que o doador terá um espaço fixo para entregar os donativos. O Banco vai ainda disponibilizar para o local um representante apto a fazer a coleta imediata.

BANCO DE ALIMENTOS

Por meio da parceria Ceasa Goiás/Banco de Alimentos da OVG, quatro mil famílias de baixa renda, além de instituições filantrópicas, são atendidas mensalmente com donativos doados por produtores do entreposto, que repassaram ao Banco os produtos que não foram comercializados na manhã.

De acordo com o gerente da Divisão de Atendimento ao Produtor da Ceasa Goiás, Levi Nunes Lagares, fatores como clima e sazonalidade acabam, em algum momento, por reduzir a coleta, e a iniciativa da Pedra 80 ajudará a repor algumas possíveis perdas.

“Com a Pedra 80, o processo de coleta na Ceasa será mais eficaz, pois atenderá aquele produtor que não tem como esperar muito para doar. E nós, do Banco de Alimentos, juntamente com a Ceasa/GO, pensaremos outras ações para aumentar ainda mais as doações”, afirma Lainon Moreira de Medeiros, coordenador do Banco de Alimentos.

Dentro da estratégia de aproximação, a meta é que o operador do Banco de Alimentos esteja em contato mais direto com o produtor. Haverá a sinalização da Pedra 80 com pintura e, no local, serão disponibilizadas caixas para depósito das doações.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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