Última atualização 08/02/2023 | 14:13
Com a chegada da vacina da Covid-19, os casos da doença diminuindo e se tornando menos letais, setores da economia começam a se recuperar. A Ceasa Goiás está entre os que celebram uma melhoria nos índices, como demonstrou a apuração dos números de 2022, realizada em janeiro deste ano, e que dão conta de uma recuperação, tanto financeira quanto relativa ao quantitativo de alimentos comercializados na central.
Já em 2020, com a chegada do Coronavírus ao país, foi percebida uma retração real na quantidade de alimentos ofertados na Ceasa/GO, tendo sido registradas o total de 906.570 mil toneladas, o que representou em torno R$2,4 bilhões de reais circulando na empresa. Tais números, no entanto, caíram bastante em 2021, já no reflexo das medidas tomadas para conter a pandemia.
Na comparação de 2021 com 2020 foi quando se registrou a maior retração, nas duas vertentes – movimentação financeira e quantidade em toneladas –, quase 1% a menos na quantidade de alimento oferecida, o que demonstra que 2021 foi mesmo o pior ano da pandemia. Não é para menos, na empresa foram 906,57 mil toneladas de alimentos em 2020, contra 898. 298 mil em 2021.
Com a diminuição na oferta de produtos, subiu o preço médio encontrado – em 2021 foi R$ 2,86 e 2020, R$ 2,86. Preço médio maior resulta, consequentemente, em movimentação financeira também em crescimento, sendo que a variação foi de 5% de um ano para o outro. Em 2022, já se começou a desenhar a recuperação com o aumento na quantidade de produtos ofertados em 3,65% e também acréscimo expressivo na movimentação financeira que subiu para R$3,35 milhões.
Apesar da variação, principalmente em relação à quantidade de produto ofertado em 2021, a Ceasa Goiás se orgulha em dizer que em momento algum chegou a faltar alimento na mesa do consumidor, embora, em dadas ocasiões os preços se elevaram de forma histórica. De acordo com o gerente da Divisão Técnica da Ceasa/GO, Josué Lopes Siqueira, o começo de 2022 se caracterizou pelo período de maior alta na Ceasa. Segundo ele, foram vários os fatores que levaram a essa variação, inclusive o climático, mas que, devido ao momento econômico e a pandemia, a alta acabou sendo potencializada. Para se ter uma ideia, nos primeiros meses do ano passado, uma caixa de cenoura, normalmente encontrada na Ceasa/GO por R$30, em média, chegou a ser comercializada a R$180. Isso porque nessa época, por inúmeras variáveis, a oferta de produtos foi menor do que a procura.
Para Josué, apesar das chuvas constantes e outros fatores que podem intervir na balança comercial da Ceasa, nada dentro do cenário normal produzirá o impacto vivido pela Centrais em 2020 e 2021. A tendência é que o cenário de estabilidade se firme no correr de 2023 e que as variações de preços fiquem mesmo por conta de fatores esperados como a sazonalidade e crescimento da demanda, como acontece com as frutas finas no final do ano.
Josué destaca que a Ceasa/GO navegou águas turbulentas nos dois últimos anos, e chegou a correr risco real de fechar devido à incidência do vírus, porém, soube se adequar às mudanças e vivenciar os tempos difíceis para retomar seu ritmo usual em 2022 e mais, com possibilidade de crescimento como uma das mais importantes centrais de abastecimento do país.