CeeLo Green agita público em show nostálgico no Rock World Festival SP

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O cantor americano CeeLo Green carimbou sua terceira participação em um festival da Rock World (empresa do Rock in Rio e The Town) no evento em São Paulo nesta sexta (12). Longe de ser uma novidade ou um nome em alta, ele se tornou o “cantor de baile de formatura” oficial desses festivais. E se esse era o briefing, foi atendido mais uma vez.

O talentoso cantor, mais conhecido por sucessos dos anos 2000, já não estava exatamente no auge quando estreou no Rock in Rio em 2017 – já tinha até passado por sérias controvérsias, na verdade. Mas fez bem seu trabalho e teve olhar aguçado ao trazer Iza como convidada, antes dela estourar com “Pesadão”.

Anos depois, em 2022, CeeLo transformou o show em uma homenagem a James Brown e convidou Luísa Sonza para uma participação especial. Já não teve uma plateia lotada, mas fez a galera se mexer. Desta vez, ele “aqueceu” o público, em sua maior parte com camisetas do Backstreet Boys. Ciente que não tem um repertório tão popular (além dos dois hits que ficaram para o final), CeeLo apelou para clássicos da pista de dança.

Bancou o James Brown em “Super Bad”, tocou um pedaço de “Thriller”, do Michael Jackson, e “Jungle Boogie”, de Kool & The Gang. Até “Walking on Sunshine” teve vez. Ainda que dificilmente alguém tenha vindo para vê-lo, ninguém conseguia ficar parado com o repertório. Já foi um feito. Aliás, o show mal teve pausas.

De look amarelo com círculo azul – algo que Sun Ra usaria para homenagear a bandeira do Brasil –, CeeLo engatou uma versão na outra. Parava às vezes para dizer “levantem as mãos” e seguia. Estava bem acompanhado, como era de se esperar. Sua voz anasalada e encorpada teve o apoio de bons backing vocals, que também dançavam e tocavam metais. O tecladista também era DJ, e por aí vai. Todo mundo talentoso e em jornada dupla.

Em homenagem às suas vindas ao país, CeeLo aproveitou para estrear “We Want You Girl”, parceria com a dupla de produtores Tropkillaz. Enquanto a música tocava, o telão mostrava (em inglês) que a nova música estava “disponível agora”. Caso alguém ficasse na dúvida. Aliás, ele tentou todos os truques que tinha. Tocou até “Ela é Top”, do MC Bola, com “Magalenha” de Sérgio Mendes, e um arranjo carnavalesco. Enquanto CeeLo sambava sem cantar, um dos membros da banda balançava uma bandeira do Brasil.

Foi inovador? Não. Foi meio fim de festa? Também. Mas CeeLo fez o que pôde. Em um dos momentos mais animados, incluiu até “Don’t Cha”, das Pussycat Dolls, da qual foi um dos compositores. Os maiores sucessos, “Fuck You” e “Crazy”, ficaram para o final. E até a última foi emprestada: CeeLo encerrou com “That’s The Way (I Like It)”, de KC and the Sunshine Band. Tomara que os formandos tenham saído satisfeitos.

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