Um levantamento feito pela Comissão Especial de Inquérito (CEI) das Obras Paradas apontou que pelo menos 40 obras públicas municipais estão inacabadas, causando um prejuízo de R$ 40 milhões, incluindo o encarecimento do projeto original e, em alguns casos, a recontratação das empresas. Na reunião realizada ontem na Câmara Municipal de Goiânia, o secretário de Infraestrutura de Goiânia, Dolzonan Matos e o ex-secretário da pasta, Francisco Ivo foram ouvidos.
Dolzonan Matos disse que vai fazer um levantamento real das obras e estabelecer prioridades. Ele disse que para a Marginal Botafogo, por exemplo, são necessários R$ 35 milhões para a realização da recuperação de toda a via, com elaboração de um diagnóstico prévio e ações de prevenção e mitigação.
Ele disse que hoje tem R$ 268 milhões de recursos federais investidos, que totaliza, com as contrapartidas da prefeitura e outras fontes, R$ 300 milhões. Deste total, apenas 60 milhões foram utilizados durante este período. De acordo com Francisco Ivo, os projetos para a pavimentação asfáltica dos bairros estão prontos e aguardam apenas a aprovação da Caixa Econômica Federal para dar andamento.
Segundo o levantamento dos vereadores que integram a CEI estão a Marginal Botafogo, da Jamel Cecílio a 2ª Radial, gerida pelo Ministério da Integração Nacional (MI), com um valor repassado de mais de R$ 23 milhões, por motivos de desapropriação e reprogramação do contrato, de 2009; a canalização do Córrego Cascavel e a pavimentação e drenagem de 16 bairros, com um valor contratual de R$ 112.018.511,41.
Das obras paralisadas, tem um total de 13 construções de Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) por diversas motivações. A fiscalização é feita pela Seinfra, mas o pagamento e a ordenação de despesas cabem ao secretário de Educação e Esporte, Marcelo Ferreira da Costa, que será ouvido na próxima terça-feira, dia 17.