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CEI da SMT irá ouvir ex-secretários da pasta

Última atualização 23/06/2017 | 08:27

A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga suposto superfaturamento na SMT começa a ouvir nesta quinta-feira (22) três ex-secretários da pasta. A CEI quer saber detalhes sobre a compra de mais de seis mil cavaletes e sobre o aluguel de fotossensores. Entre os nomes que serão ouvidos, está o do atual presidente da Câmara de Vereadores Andrey Azeredo (PMDB).

O vereador Elias Vaz (PSB) falou sobre o depoimento que o presidente da Casa fará. “Nenhum presidente pode ser convocado para uma CPI ou CEI. Mas, ele se dispôs e disse que fazia questão de ir. Achamos importante a postura dele em nome da transparência. Nós abordaremos com ele a questão dos cavaletes”.

O parlamentar falou sobre o caso dos cavaletes. “A suspeita maior é que nós tenhamos a situação onde adquirimos mais de seis mil cavaletes em quatro meses. Existe a declaração de que 800 foram recebidos e não necessitaria de mais de 1500 cavaletes em um ano. Então como e consumiu em quatro meses mais de seis mil cavaletes? A suspeita recai claramente de que foi pago, mas não foi entregue”.

Segundo Elias Vaz, a contratação foi feita na Gestão do ex-secretário José Geraldo, porém quando o contrato entrou em vigor alguns dias depois, já com Andrey. Portanto, a execução aconteceu na gestão do presidente da Câmara. O vereador ainda afirmou é preciso ressaltar que quem fez a contratação e o processo licitatório foi o antecessor, e não Azeredo.

Já sobre os fotossensores, a crítica foi maior. “Tem situação mais complicada como a do ex-secretário Miguel Tiago. O aditivo que permitiu a Trana usar equipamentos velhos enquanto o edital proibia, foi o próprio secretário. Aí não tem jeito de falar que outro funcionário fez coisa errada. Esse caso possui assinatura dele. Isso prova que o secretário tinha conhecimento da irregularidade.”

De acordo com Vaz, durante a gestão de Miguel Tiago, houve uma contratação de equipamentos velhos onde a Trana pagava R$ 90mil noventa mil pra locação e alugava para a prefeitura por mais de R$ 300mil. Para o vereador, um claro sinal de superfaturamento.

Por fim, o vereador disse que tudo será feito de acordo com os procedimentos legais. “A CEI vai trabalhar com documentos, com provas concretas ou depoimentos”.