Ceia de Natal: Procon encontra variação de até 500% em preços

Para ajudar o consumidor neste período de Natal, em que o volume de compras é muito grande, o Procon Goiás realizou pesquisa comparativa de preços de produtos para preparo da ceia.

De 11 a 15 de dezembro, os pesquisadores verificaram os preços de 101 itens como frutas secas, doces em calda, frutas, panetones, carnes e bebidas.

CEIA DE NATAL

O levantamento foi feito em 23 estabelecimentos, 15 de Goiânia e 8 de Anápolis. Nos estabelecimentos de Goiânia, a maior variação foi de mais de 500% e ocorreu no melão amarelo, com o quilo sendo encontrado de R$ 2,88 a R$ 17,29. Em seguida, o pêssego nacional, com menor preço a R$ 3,77 e o maior a R$ 16,90, uma diferença de mais de 348%.

Entre as carnes, a variação que mais chamou atenção foi de 127%, no quilo do frango Seara, encontrado de R$ 16,29 a R$ 36,98. Também foi encontrada uma diferença considerável no preço da cesta natalina de 19 itens, com menor valor a R$ 89,99 e o maior a R$ 179,99, oscilação de mais de 100%.

ANÁPOLIS

Nos estabelecimentos de Anápolis, a maior variação encontrada pelos pesquisadores foi de 475,25% na unidade do abacaxi. A fruta tem sido comercializada de R$ 1,98 a R$ 11,39. Entre as carnes, o preço com maior oscilação nos estabelecimentos anapolinos foi o bacalhau porto, que teve o quilo encontrado de R$ 61 a R$ 169,90.

Para quem for de Anápolis e estiver em busca de uma bebida para comemorar o Natal, é bom ficar de olho nos preços. Isso porque o vinho frisante Cella Lambrusco apresentou uma variação considerável: de mais de 80%. Nesse caso, os valores oscilaram entre R$ 45,90 e R$ 82,99.

VARIAÇÃO ANUAL

A pesquisa do Procon Goiás também comparou os preços atuais de alguns produtos com os praticados em 2022 em Goiânia. Nesse caso, a principal variação observada foi na cesta natalina de 21 itens, que este ano tem o preço médio de R$ 144 e o ano passado era de R$ 79,80, um aumento de mais de 80%.

Em relação ao ano passado, o preço do quilo da melancia também apresentou aumento de quase 55%. Em 2022, tinha o preço médio de R$ 17,72 e este ano de R$ 27,43. Bastante procurado para o preparo de sobremesas, o pêssego em caldas Olé também apresentou um ligeiro aumento (49,60%) em relação ao preço praticado no ano passado. Em 2022, seu preço médio era de R$ 12,24 e agora em 2023 de R$ 18,30.

ORIENTAÇÕES PARA AS COMPRAS

  • – A principal orientação do Procon Goiás é sempre pesquisar os preços dos produtos antes de adquiri-los, pois há uma variação significativa de um estabelecimento para outro.
  • – O órgão recomenda também que o consumidor estabeleça, previamente, de acordo com seu orçamento doméstico, quanto poderá ser gasto na compra em supermercado. Depois, faça uma lista dos produtos para evitar a compra por impulso.
  • – Nunca faça as compras com pressa, pois poderá levar produtos que não são tão necessários e esquecer o indispensável.
  • – Analise se as ofertas do tipo “leve 3 e pague 2”, são realmente verdadeiras e lucrativas.
  • – No caso dos produtos congelados ou resfriados, atenção em embalagens que apresentam blocos de gelo na superfície e verifique se há sinais de umidade próximos ao freezer. Isso pode ser um indicativo de que o mesmo foi desligado ou teve a temperatura reduzida durante a madrugada, o que pode acabar comprometendo a qualidade do produto. É importante também ficar atento na consistência, cores, textura e no cheiro dos produtos.
  • – No caso das compras de bebidas, verifique se as garrafas não apresentam vazamentos e as tampas e os lacres não foram violados.  Esteja atento para a data de validade e integridade da embalagem, principalmente, adquirindo bebidas em promoção.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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