O fotógrafo mineiro Flávio de Castro Sousa, de 37 anos, está desaparecido em Paris desde o dia 26 de novembro. Ele havia chegado à capital francesa no início do mês para trabalhar e tinha um voo agendado de volta ao Brasil para a mesma data de seu desaparecimento, mas não embarcou após realizar o check-in. Flávio, também conhecido como Flávio Carrilho, foi visto pela última vez em um apartamento de aluguel por temporada na Rue des Reculettes em Paris.
Um amigo próximo recebeu uma mensagem de um conhecido francês, Alex Gautier, informando que Flávio se acidentou e recebeu atendimento no Hôpital Européen Georges-Pompidou no dia 26. Após ser liberado do hospital, Flávio tentou estender sua estadia no apartamento alugado, mas não deu mais notícias. Seus pertences, incluindo o passaporte, foram retirados do imóvel pelo francês.
A mãe de Flávio começou a ligar insistentemente para o celular dele e, na madrugada do dia 28, um funcionário de um restaurante atendeu a ligação. Ele passou a ligação para um colega brasileiro, que explicou que o celular foi encontrado em um vaso de plantas na porta do estabelecimento no dia 27. O celular de Flávio foi encontrado por amigos em um vaso de plantas de um bistrô próximo ao Rio Sena, onde ele teria caído ao caminhar. O aparelho será entregue à polícia nesta segunda-feira para ajudar nas investigações.
A embaixada brasileira foi acionada, e a Interpol pode emitir um alerta para localizar o fotógrafo. As autoridades francesas podem abrir um inquérito caso o desaparecimento seja considerado anormal. “O objetivo agora é fazer com que a polícia abra a investigação. Temos o celular de Flávio, que foi encontrado intacto, e as malas fechadas, que podem conter coisas e sinais lá dentro, que podem ajudar a avançar e a ter pistas. Mas só podemos fazer isso com a autorização da polícia”, explicou Rafael Basso, amigo de Flávio que mora na França.
Amigos e familiares destacam que Flávio não tinha o costume de passar tantos dias sem dar notícias, o que os levou a se mobilizar por informações. O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) informou, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Paris, que tem conhecimento do caso, está em contato com as autoridades locais e presta assistência consular aos familiares do nacional.