Centro de Informação Toxicológica atua para minimizar riscos

Centro de Informação Toxicológica atua para minimizar riscos

A população goiana tem à disposição um setor especializado em reunir informações científicas e orientar profissionais e usuários do Sistema Único de Saúde sobre as condutas a serem adotadas em casos de intoxicações por produtos químicos e de acidentes por animais peçonhentos.

Trata-se do Centro de Informação e Assistência Toxicológica do Estado de Goiás (Ciatox), que integra a Superintendência de Vigilância em Saúde da Secretaria da Saúde de Goiás (Suvisa/SES-GO). A unidade é dotada de equipe técnica qualificada, apta a prestar os esclarecimentos que minimizam os riscos das intoxicações e, não raro, salvam vidas.

INFORMAÇÃO TOXICOLÓGICA

O Ciatox foi implantado em 1985, a partir de um projeto desenvolvido e apresentado pelo médico toxicologista Alonso Monteiro da Silva, que ainda hoje integra o quadro de servidores da unidade. Nesse período, o setor prestou orientações a milhares de pessoas, por meio de atendimento telefônico de utilidade pública, sobre os procedimentos aos diversos tipos de intoxicação e acidentes.

A coordenadora do Ciatox, Sheila Ester Antunes de Moura, destaca que a importância da atuação da unidade pode ser observada pelo número de atendimentos realizados. De 2020 até o fim de junho deste ano, foram feitos 45,8 mil registros de atendimento.

Por ano, são realizadas mais de 13 mil notificações. Os acidentes por animais peçonhentos lideram a quantidade de atendimentos, seguidos de intoxicações por medicamentos (veja tabela no fim do texto).

IMPORTÂNCIA HISTÓRICA

Sheila Moura informa que a unidade atua em regime de plantão, 24 horas por dia. Além de prestar o atendimento aos casos de intoxicações, a equipe do setor coordena e realiza cursos de atualização profissional para as Regionais de Saúde e Núcleos de Vigilância Hospitalar das unidades da rede estadual administradas por organizações sociais.

O Ciatox também contribui para a formação de estudantes dos cursos de medicina e de enfermagem da Universidade Federal de Goiás (UFG). Com frequência, alunos dessas   graduações visitam a unidade para aprofundar conhecimentos sobre os diferentes tipos de intoxicação e as condutas consideradas efetivas no atendimento médico-hospitalar. Nesta quinta-feira, 6, das 8 horas às 12 horas, o Ciatox recebe visita da turma de medicina.

ATUAÇÃO CASOS GRAVES

Atualmente como parte da Gerência de Emergências em Saúde Pública da Suvisa, o Ciatox presta atendimento em casos graves, de repercussão nacional e internacional, que marcaram a história de Goiás. Essas atuações evidenciam a contribuição da unidade para a superação de problemas que afetaram o Estado.

A bibliotecária Eleny Pereira D´Ávila, que trabalha no Ciatox desde 1995, cita como episódios marcantes o acidente com o Césio 137, ocorrido em Goiânia em 1987, a contaminação pelo contraste radiológico Celobar, que causou a morte de 10 pessoas no estado, e a pulverização de pesticida sobre uma escola rural no Assentamento Pontal dos Buritis, em Rio Verde, no ano de 2014.

Em todas essas ocorrências, a equipe do Ciatox prestou a assistência necessária para assegurar a saúde da população e atenuar as consequências da intoxicação.

 

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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