Cruzeiro x Atlético-MG: Mattos questiona escolha do VAR e garante pedido por
árbitro não mineiro em clássicos futuros
CEO de futebol da Raposa também cobrou isenção da Federação Mineira de Futebol e
alegou benefício ao Atlético com mudança de jogo na rodada passada
Alexandre Mattos, CEO de futebol do Cruzeiro
[https://globoesporte.globo.com/futebol/times/cruzeiro/], criticou a atuação de
Rodolfo Toski Marques no VAR durante a derrota por 2 a 0 para o Atlético-MG, no
Mineirão. O dirigente fez um pronunciamento, sem possibilidade de perguntas,
questionou principalmente a não expulsão do zagueiro Lyanco e disse que o clube
pedirá arbitragem de outro estado nos próximos clássicos.
Cruzeiro 0 x 2 Atlético-MG | Melhores momentos | 7ª rodada | Campeonato Mineiro
2025 [https://s01.video.glbimg.com/x240/13328164.jpg]
Segundo Mattos, houve uma insistência do VAR com Felipe Fernandes de Lima,
árbitro de campo, para analisar a expulsão de Gabigol, aos 29 minutos do
primeiro tempo, o que não teria acontecido 12 minutos antes, quando Lyanco pisou
no braço de Dudu, caído no gramado.
O dirigente do Cruzeiro também questionou o fato de a Comissão de Arbitragem ter
escalado equipe da FMF no campo, mas colocando o VAR da Federação Paranaense de
Futebol. Mattos ainda citou que Cuca, técnico do Atlético, é de Curitiba.
Alexandre Mattos e Paulo Pelaipe na porta do vestiário da arbitragem no Mineirão
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Cuca também foi citado pelo dirigente do Cruzeiro ao reclamar sobre possíveis
benefícios do Atlético no calendário de jogos. Isso porque, após reclamação do
treinador e pedido do clube, o time alvinegro teve o duelo do meio da semana
alterado de quinta-feira para terça, ganhando dois dias a mais de recuperação. O
time celeste jogou na quarta.
PRONUNCIAMENTO DE MATTOS
Ainda no intervalo do clássico, Alexandre Mattos foi à porta do vestiário da
arbitragem, no Mineirão, para reclamar dos lances polêmicos do primeiro tempo.
Ele foi acompanhado por Paulo Pelaipe, diretor executivo.
“Não viemos reclamar, viemos falar sobre fatos que aconteceram e vêm acontecendo
com o Cruzeiro de longa data. Desde que chegamos, escutamos a situação de que o
Cruzeiro vem acumulando situações que o clube entende serem maléficas ao clube.
A gente buscou acreditar, confiar, conversar, ser profissional, como tem que
ser. Mas avaliamos aos fatos. Hoje, pouco antes da expulsão do Gabriel, um
pisão, que na nossa visão foi proposital, onde todos acompanharam e não teve
(chamado do VAR), ou o árbitro não quis, não teve a chamada do VAR. E o Var teve
papel fundamental no jogo de hoje. Dudu foi pisoteado por um companheiro de
profissão, que deveria ser, no mínimo, questionado com as imagens. Isso oi antes
da expulsão do Gabriel. Infelizmente, não aconteceu. Fato 2 é que no lance do
Gabriel, pessoas da comissão técnica do Cruzeiro relatam agora, no vestiário, o
próprio árbitro de campo dizia – e nós vamos pedir as gravações dos lances: “Ele
abaixou a cabeça, abaixou a cabeça”. O árbitro, acredito que insistiu na
expulsão, tanto que o árbitro tinha dito sobre abaixar a cabeça. Fato três é que
a arbitragem era toda mineira, mas porque veio árbitro de VAR do Paraná? Não
entendi essa. Veio um nascido em Curitiba. Nosso rival, o treinador é de
Curitiba. Estranho, no mínimo. Para quê? Fato quatro: a Federação precisa, de
uma vez por todas, ser isenta, correta e transparente. O Cruzeiro começou o
Mineiro tendo que mover montanha para mudar um jogo. Montanha muito grande,
porque eu participei ativamente do processo. Mudaram, meio que pressão enorme
que fomentamos para mudar o jogo. Mas vem o treinador do Atlético e falar que
jogaria na quinta, 24 horas depois o jogo é na terça. Não teve que mover
montanhas, só dar uma entrevista. São coisas corriqueiras que vêm acontecendo
com o Cruzeiro, e eu vim falar para o torcedor que acabou. O Cruzeiro não vai
aceitar nenhum tipo de benefício, não querermos ser ajudados, mas também não
amos aceitar passivamente esse tipo de situação externa. Ganhar, perder, jogar
bem ou mal, tudo isso acontece. Vamos corrigir o que precisa, internamente, com
atletas e comissão. Agora, esse externo, se precisar, vamos vir aqui e falar ao
nosso torcedor. Vamos falar o que temos de sentimento. Ou muda, ou vamos
continuar vindo aqui e falando o que está acontecendo. Não vamos aceitar. A
própria arbitragem colocamos, por outros fatores… o trio de arbitragem não
coloco como decisivo, mas o VAR foi, por ter dois pesos e duas medidas. Um pisão
no Dudu, que na minha maneira de ver foi covarde. O cara pisou no braço dele,
depois a insistência em expulsar. Não vamos falar que não erramos. Temos que
melhorar. Cruzeiro já vai deixar que qualquer clássico para frente não temos
mais confiança mineira, queremos de fora, já vamos mandar ofício. O do VAR, que
veio de Curitiba – novamente, não sei porque estava aqui. Definitivamente, nunca
mais participar de um jogo do Cruzeiro. Arbitragem de fora é a praticada na
Série A, temos que dar razão à comissão da CBF e vamos exigir isso. Se não
colocarem, responsabilidade de quem não colocou. O torcedor estará sempre ciente
das coisas.