Cerca de 13 milhões de brasileiros são portadores de diabetes no país

Fome frequente, sede intensa, desânimo, fraqueza, sonolência, tontura, perda de peso, necessidade de urinar em excesso, dificuldade na cicatrização de feridas e infecções frequentes, esses são alguns sinais que podem indicar um caso de diabetes. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), a doença afeta mais de 13 milhões de brasileiros e é tema da Campanha Novembro Azul, já que o Dia Mundial de Conscientização da Diabetes é celebrado neste mês.

A diabetes surge a partir do excesso de açúcar na corrente sanguínea, que acontece devido a uma produção insuficiente ou pelo mau funcionamento da insulina, que é o hormônio responsável por levar a glicose para dentro das células, impedindo que ela acumule no sangue. Apesar de afetar cerca de 6,9% de toda a população do país, a doença é bastante perigosa, explica a médica da família e comunidade da TOTUM Saúde, Dra. Evelyn de Ramos, que participa de um programa especial de acompanhamento de pessoas com diabetes. “Sem tratamento adequado, a diabetes prejudica os olhos, rins e nervos e ainda aumenta o risco de doenças cardiovasculares, como infarto e derrames, que podem até levar à morte”, alerta a médica.

Entre as consequências mais comuns da diabetes está a retinopatia diabética, que pode ser responsável pela perda parcial ou total da visão. A doença atinge mais de 150 mil brasileiros por ano, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. Para a médica oftalmologista, Dra. Thais Azeredo Bastos, do CBCO Hospital de Olhos, um dos fatores mais preocupantes na retinopatia é o início silencioso. “Os sintomas costumam surgir quando o problema afeta a região central do olho, o que pode demorar e aparecer apenas quando a doença já está avançada, fazendo com que o paciente não procure o oftalmologista por acreditar que está tudo normal”, explica a especialista.

A glicemia descontrolada pode causar alterações nos vasos sanguíneos do olho, originando microaneurismas, que correm o risco de romper e causar a perda da visão. Em estágios avançados de retinopatia, o paciente pode perceber manchas ou escurecimento súbito da visão, além de desenvolver hemorragia e descolamento da retina. Para evitar que a doença avance tanto, a pessoa com diabetes deve ter o acompanhamento de um oftalmologista e ainda seguir à risca as recomendações do especialista que trata da própria diabetes e que, com certeza, incluem uma alimentação mais saudável e rica em fibras, a ingestão de bastante água e a prática de atividades físicas.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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