Cerca de 780 mil goianos devem declarar Imposto de Renda

Chegou o momento de prestar contas com o Leão. Em Goiás, cerca de 780 contribuintes deverão declarar o Imposto de Renda (IR), e 117 mil devem cair na “malha fina”. O período de Declaração de Imposto de Renda começou na quinta-feira, 1, e termina dia 30 de abril.O advogado tributarista, professor dos cursos de MBA em Gestão de Negócios e em Contabilidade, Auditoria e Gestão Tributária do Ipog, e contador, Marciel Augusto Raimundo Lima explicou, em entrevista no estúdio do Diário do Estado, as mudanças no sistema de declaração do IR deste ano. “A Receita tem investido em tecnologia para fechar o cerco contra a sonegação. A ação tem aumentado significativamente o índice de rejeição das declarações e consequentemente, a aplicabilidade de penalidades”.

Para aumentar o controle tributário de receitas e despesas, a Receita Federal alterou dois itens importantes da declaração. O primeiro é a obrigatoriedade de inserir o CPF dos dependentes que era de 12 anos, para os dependentes de 8 anos. Em 2019, o contribuinte deverá informar o CPF todo e qualquer dependente, independente da idade. A segunda mudança é a identificação estruturada de bens e imóveis, que este ano não é obrigatória, mas será a partir de 2019. “A Receita tem usado todas as ferramentas tecnológicas para unificar informações, cruzar e comparar dados para evitar fraudes e sonegação”, explicou Marciel.

De acordo com o professor, a declaração tem três campos de informação que, se preenchidos errado, levam o contribuinte direto para a “malha fina” do Leão. “Primeiro, não informe renda divergente do que tem comprovado; não informe despesa médica com CPF de terceiros; informe renda sob aluguel e pensão alimentícia. Se o confronto de informações apontarem divergência em qualquer um desses itens, cai na malha fina. E além de refazer a declaração, o contribuinte estará sujeito a penalidades financeiras e até judiciais”, esclarece.

Patrícia Santana

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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