Cerimonialista acusado de injúria ameaça expor vida pessoal de cozinheiro

Cerimonialista acusado de injúria ameaça expor vida pessoal de cozinheiro

O cerimonialista denunciado por um chef de cozinha por injúria e ameaça durante um casamento, em Anápolis, voltou a ameaçar a vítima nesta terça-feira (1º). Em novo áudio enviado pela vítima ao Diário do Estado, Valeriano Filho, que já respondeu processo por injúria contra uma diarista, disse que iria comentar sobre a vida pessoal do chef Weslei Peres para as clientes do cozinheiro.

“Se o seu intuito era me fud** com as minhas clientes, até agora todas já me ligaram. Ninguém cancelou festa comigo, não vai cancelar né, Wesley. Todo mundo está rindo da bicha invejosa, todo mundo está rindo de você, de mais um fracasso seu. Agora eu vou alertar, vou alertar da mesma forma que você alertou toda a cidade sobre mim. Vou alertar todas as suas clientes, vou falar da sua vida pessoal para todas elas”, disse Valeriano em áudio.

O DE procurou Valeriano para escutar a versão dele. O cerimonialista confirmou ter enviado os áudios ao cozinheiro, mas alegou ser um problema pessoal.

“É falta de mídia? Ou eu sou mídia? Uma briga de via**, isso foi uma briga de via**. Bota aí no seu jornal que foi uma briga de bi** com bi**. Bi** invejosa, bi** bem sucedida que sou eu com uma uma bi** malsucedida que é o Weslei. Isso que aconteceu, ele me xingou, ele me sacaneou, ele me liquidou para uma cliente minha e vocês querem que eu fique calado? Pelo amor de Deus. Isso da mídia porque eu sou chique, porque se não, vocês não estariam atrás de mim não. Vocês só estão fazendo mídia porque o nome de Valeriano Filho é um nome pesado, poderoso”, disse em áudio.

Relembre o caso

O cerimonialista está sendo investigado pela Polícia Civil (PC), após ser denunciado pelo chef de cozinha por injúria e ameaça durante um casamento, em Anápolis. Valeriano Filho, que já respondeu processo por injúria contra uma diarista, enviou áudio ao chef Weslei, chamando-o de “lixo” e até “pobre favelado”, depois de trabalharem juntos em festa de matrimônio no último dia 13 de fevereiro.

Weslei diz que recebeu áudios do cerimonialista falando do trabalho que realiza, além de ofender sua imagem profissional. Entretanto, ele conta que parte foi apagada depois de anunciar que divulgaria a conversa.

“Você não é nada, você é um lixo. Nem festinha faz. Nem panela tem para cozinhar, não tem material. Eu sou Valeriano Filho, chiquérrimo, de uma família chiquérrima. Tenho nome na cidade. Eu vou acabar com seu trabalho. Você não vai fazer evento nenhum em Anápolis. Lixo. Dono de buffet mequetrefe. Pobre favelado e pai de filhas que não prestam”, disse Valeriano.

Caso diarista

Esta não é a primeira vez que o cerimonialista é denunciado por injúria. Em 2020, a diarista Maria José de Souza Marques também entrou com processo contra Valeriano Filho, após ser chamada de “gentalha” e dizer que iria cuspir na cara da mulher se a visse na rua, depois de desmarcar uma faxina. Assim como fez com o chef, Valeriano enviou áudios para a diarista com ofensas.

“Tenho ódio de me misturar com gentalha como você. No dia que eu te ver na rua, gentalha, vou cuspir na sua cara”.

No processo que corre no site do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ), os dois entraram em um acordo, em 16 de fevereiro. Valeriano vai pagar R$ 2 mil à diarista, divididos em quatro parcelas iguais, e os autos serão arquivados.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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