Cerrado Galeria leva obras inéditas para a maior feira de arte do Centro-Oeste

Entre os dias 15 e 19 de maio, o público poderá conferir trabalhos de 11 artistas da Cerrado Galeria na 6ª Feira de Arte Goiás (FARGO), a maior desse segmento no Centro-Oeste. A galeria, que possui unidades em Goiânia e Brasília, contará com um estande no evento para divulgar obras de artistas de Goiás e de outros estados, principalmente os que nasceram ou atuam na região central do Brasil.

Presente na FARGO pelo segundo ano consecutivo, a Cerrado Galeria levará para a edição de 2024 produções de quase o dobro de artistas, em comparação com a edição anterior. A diretora da unidade de Goiânia, Júlia Mazzutti, ressalta que isso é um reflexo da ampliação no número de artistas representados pela galeria desde que foi criada, no ano passado. Para ela, a participação contínua da Cerrado Galeria no evento também é uma importante forma de valorizar as iniciativas de fomento à arte e à cultura em Goiás e no Centro-Oeste.

“Acrescido a isso, as feiras brasileiras têm se consolidado como grandes centros de consumo de arte, apresentação de novos artistas e conexão com agentes do mercado, especialmente nos últimos anos”, afirma Júlia Mazzutti. Com curadoria e expografia feitas pelo renomado crítico e curador de arte goiano Divino Sobral, o estande da Cerrado Galeria na 6ª FARGO dará ênfase para obras inéditas dos artistas.

O espaço da galeria na feira será o estande 09, localizado em frente à rampa interna do Museu de Arte Contemporânea de Goiás (MAC), no primeiro piso do prédio. Como a Cerrado Galeria tem a arte contemporânea como foco, o fato do evento ser realizado no MAC-GO é ainda mais especial, segundo a diretora da unidade de Goiânia.

“O local escolhido é essencial para reforçar a relevância da produção, divulgação e comercialização da arte contemporânea no Centro-Oeste, assim como para estimular a frequentação do museu e do próprio Centro Cultural Oscar Niemeyer [onde o MAC-GO fica], que é um importante ponto cultural de Goiânia”, destaca Júlia Mazzutti. Com entrada gratuita, a FARGO ocorrerá das 18 às 21 horas, na quarta-feira (15), e das 14 às 21 horas, de quinta-feira a domingo (16 a 19).

Artistas

Os artistas visuais que terão seus trabalhos divulgados pela Cerrado Galeria na 6ª FARGO são:

  • Estêvão Parreiras: Nascido em Minas Gerais, mora em Goiânia e é formado em Artes Visuais pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Realizou mostras em Goiás, São Paulo e Amsterdã, na Holanda, além de ter recebido o prêmio de Artista Revelação de 2017 no Concurso SESI Arte e Criatividade.
  • Evandro Soares: Natural da Bahia, o artista mora e trabalha em Goiânia. Produz obras por meio de esculturas, desenhos e instalações, com trabalhos expostos na Europa e outros países da América do Sul. Ele recebeu a Medalha de Mérito Cultural do Conselho Estadual de Cultura de Goiás e vários prêmios, incluindo do Concurso SESI Arte e Criatividade e da 11ª Bienal Naïfs do Brasil.
  • Flávio Lima: Com uma produção essencialmente fotográfica, o artista nasceu e mora em Goiânia. Ele já participou de exposições coletivas e individuais em São Paulo, Brasília e Goiânia, além de ter sido premiado na categoria Ensaio/Story pela Photo + Arts de 2021, em São Paulo.
  • Iêda Jardim: Nascida em Goiânia, a artista é formada em Artes Plásticas e em Educação Artística, com especialização em Escultura, Cerâmica e Gravura, pela Escola Guignard da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). Realiza mestrado na Universidade de Brasília (UnB) e dedica-se ao desenho e à pintura, já tendo participado de mais de 20 exposições coletivas e recebido prêmios.
  • José Bento: O escultor nasceu na Bahia e reside em Minas Gerais, atualmente. Autodidata, começou a participar de exposições em 1989 e usa em suas obras porcelana, vidro e madeira, com troncos tombados naturalmente. Ele já ganhou prêmios e participou de mostras no Brasil e na África, com destaque para a 32ª Bienal de São Paulo, em 2016.
  • Luiz Mauro: Artista visual e professor de desenho e pintura da Escola de Artes Visuais da Secretaria de Estado de Cultura de Goiás (Secult-GO), Luiz Mauro nasceu e mora em Goiânia. Já ganhou prêmios e realizou mostras individuais e coletivas em Goiás, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Distrito Federal e França.
  • Manuela Costa Silva: Nascida em Goiânia, a artista é formada em Artes Visuais pela UFG e desenvolve seus trabalhos por meio de desenho, pintura, instalações e videoarte. De 2019 a 2022, ela atuou como artista residente no ateliê do artista visual Dalton Paula, em Goiânia.
  • Mateus Dutra: Envolvido com vários tipos de linguagens artísticas, ele nasceu e reside em Goiânia, já tendo sido diretor de palco de diversos festivais de arte e cultura no Distrito Federal e em Goiás. Com seus desenhos, pinturas e murais, fez intervenções urbanas e mostras coletivas e individuais em Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal, além de Espanha, Colômbia, Vietnã e Namíbia.
  • Raylton Parga: Com um trabalho focado no desenho, o artista nasceu e mora em Taguatinga, no Distrito Federal. Ele é formado em Artes Visuais pela UnB e já fez mais de 20 exposições individuais e coletivas no Brasil.
  • Selma Parreira: Natural de Buriti Alegre (GO), a artista reside em Goiânia, onde trabalha com pintura, fotografia, instalações e intervenções urbanas. Ela cursou Desenho e Plástica na UFG, em 1979, e se especializou em Gravura, no México, em 1980. Também é mestra em Cultura Visual e Arte pela UFG e professora da Faculdade de Artes Visuais da UFG desde 1993.
  • Siron Franco: Tendo nascido em Goiás Velho, ele mora em Goiânia e é pintor, escultor, ilustrador, desenhista, gravador e diretor de arte. Estudou na EGBA e recebeu prêmios, como o de Melhor Pintor Nacional na 12ª Bienal de São Paulo, em 1974. Realizou várias interferências culturais no espaço urbano de Goiânia e criou monumentos públicos, que estão em diversas cidades goianas.

Sobre a galeria

Fundada pelos empresários Lucio Albuquerque, Antônio Almeida e Carlos Dale em 2023, a Cerrado Galeria tem como intuito refletir o mundo a partir do Centro-Oeste do Brasil. Sua criação une mais de 30 anos de experiência e tem o objetivo de impulsionar a expansão da arte no território brasileiro, promovendo o cenário artístico regional. Assim como homenageia em seu nome o bioma da região onde está, a galeria destaca questões que envolvem ecologia, processos históricos e sociedade, evidenciando diversas manifestações culturais.

Para isso, a galeria promove mostras individuais e coletivas, conversas públicas, ações educativas e outras atividades voltadas ao desenvolvimento da produção e do mercado de arte na região, assim como sua circulação e presença no Brasil e no mundo. Em Goiânia, a Cerrado Galeria ocupa a casa modernista projetada por David Libeskind na Rua 84, no Setor Sul, conservando azulejos originais que são um marco da arquitetura goiana. Já em Brasília, há uma unidade no Lago Sul, mesma região que receberá, em breve, um novo espaço da Cerrado Galeria.

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Agrodefesa apreende 10 mil embalagens de agrotóxicos armazenadas de forma irregular

A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), em parceria com a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais (DERCR), deflagrou, na última terça-feira, 17, em Trindade e Paraúna (GO), a Operação Terra Limpa.

A ação resultou na apreensão de mais de 10 mil embalagens vazias de agrotóxicos que estavam armazenadas de forma irregular, em desacordo com legislações ambiental e de defesa agropecuária vigentes.

As embalagens foram encontradas em diferentes estados de processamento — algumas prensadas, outras trituradas —, e estavam em condições inadequadas de armazenamento. Também foi descoberto um caminhão carregado com embalagens vazias.

Os profissionais envolvidos na operação identificaram que os materiais eram triturados para reciclagem, porém a destinação final das embalagens não cumpria as normas legais de devolução de embalagens vazias de agrotóxicos.

Os materiais apreendidos – que totalizaram seis caminhões com produtos – foram enviados para a Associação Goiana de Empresários Revendedores de Produtos Agropecuários (Agerpa), localizada em Goiânia, e para a Associação dos Distribuidores de Produtos Agrícolas de Rio Verde (Adirv) para pesagem e destinação final.

Essas associações são unidades que representam os estabelecimentos comerciais de insumos agrícolas, autorizadas a recepcionar e dar a correta destinação final das embalagens vazias – que passam por tríplice lavagem pelos produtores -, ou ainda daquelas que podem conter resíduos de agrotóxicos.

Segundo a gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio, os fiscais estaduais agropecuários e os agentes da Polícia Civil apuraram ainda que a intenção do proprietário do estabelecimento era desviar as embalagens para recicladoras clandestinas.

“É importante destacar que o processo legal de reciclagem de embalagens vazias de agrotóxicos é de competência do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV). A instituição é responsável pela gestão da política reversa das embalagens vazias de agrotóxicos e nós, da Agrodefesa, estamos inseridos nesse processo como responsáveis por orientar os produtores e fiscalizar o cumprimento da obrigatoriedade legal do correto armazenamento e devolução das embalagens vazias”, informa.

Penalidade

Além da apreensão do material, o responsável pelo estabelecimento foi detido pela Polícia Civil e autuado pelos fiscais da Agrodefesa. De acordo a com legislação federal e estadual de agrotóxicos, a previsão é que esse tipo de infração tenha penalidades administrativa e criminal, com multas que podem chegar a R$ 50 mil, além de pena de reclusão, de dois a quatro anos.

O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, reforça que esse tipo de prática de descarte e armazenamento irregular de embalagens de agrotóxicos vazias, além de ser crime, coloca em risco o meio ambiente, a saúde pública e a economia no Estado.

“Pode trazer sérios danos para a população e afetar toda uma cadeia produtiva. Por isso, casos como esses devem ser denunciados aos órgãos competentes para que as medidas de prevenção e repressão sejam tomadas o mais rápido possível”.

Denúncia

A operação foi realizada a partir do trabalho inicial de apuração feito em Paraúna (GO) por fiscais estaduais agropecuários da Unidade Regional Rio Verdão da Agrodefesa. No município, os profissionais identificaram desvios, processamento e envio de embalagens de agrotóxicos para Trindade.

O coordenador da UR Rio Verdão, Giovani Miranda, destaca que a partir disso foi possível a identificação dos receptadores e a localização do galpão em que o processamento clandestino das embalagens acontecia.

“Essas medidas possibilitaram à Delegacia de Crimes Rurais a apreensão de outras quatro cargas nesse mesmo depósito”, informa.

Participaram da ação fiscais estaduais agropecuários das Unidades Rio dos Bois e Rio Verdão, e da Gerência de Fiscalização Agropecuária, sob coordenação da Gerência de Sanidade Vegetal, além de agentes da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais (DERCR).

Destinação correta de embalagens de agrotóxicos

Em Goiás, são 13 associações credenciadas pelo inpEV, que juntas são responsáveis pela gestão em 27 Unidades de Recolhimento de Embalagens Vazias (UREV), devidamente cadastradas na Agrodefesa, sendo 17 Postos e 10 Centrais, localizadas nos seguintes municípios:

Acreúna, Anápolis, Bom Jesus, Catalão, Ceres, Cristalina, Formosa, Goianésia, Goiânia, Iporá, Itaberaí, Itumbiara, Jataí, Luziânia, Mineiros, Morrinhos, Paraúna, Piracanjuba, Porangatu, Quirinópolis, Rio Verde, Santa Helena de Goiás, Vianópolis e Vicentinópolis.

Os empresários que utilizam agrotóxicos, ao concluírem a aplicação, devem realizar a tríplice lavagem, armazenamento adequado e a devolução das embalagens vazias, suas tampas e eventuais resíduos pós-consumo dos produtos aos estabelecimentos comerciais em que foram adquiridos, de acordo com as instruções previstas nas respectivas bulas, no prazo de até um ano, contado da data de compra, ou da data de vencimento.

A devolução pode ainda ser intermediada por postos ou centrais de recebimento, bem como por ações de recebimento itinerantes, desde que autorizados e fiscalizados pelo órgão competente, nesse caso em Goiás, pela Agrodefesa, com a gestão sob responsabilidade do inpEV junto às suas associações de revendas credenciadas.

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