Cesta básica tem variação de mais de 83% em Goiânia

O Procon Goiás realizou entre os dias 4 e 13 de setembro uma pesquisa nos supermercados de Goiânia em relação aos 13 itens que fazem parte da Cesta Básica Nacional de Alimentos, definida pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Os técnicos do órgão estadual coletaram preços de 38 itens de diferentes marcas que fazem parte dos itens definidos para a região onde Goiânia está situada.

Os produtos que compõem a cesta básica são: carne, leite, feijão, arroz, farinha de trigo, batata, tomate, pão francês, café em pó, banana, açúcar, óleo de soja e margarina. A quantidade de cada ingrediente varia conforme a região e a cesta deve ser suficiente para o consumo mensal de um adulto. Mas a cesta básica é um conceito abstrato que mede se o poder de compra do salário mínimo consegue suprir as necessidades alimentares de uma pessoa durante um mês.

Considerando os preços e mesma marca dos produtos coletados pelo Procon Goiás, a cesta básica para o consumo mensal de apenas um adulto, de acordo com a quantidade de ingredientes definida para os moradores de Goiânia, pode variar até 83,24%: entre R$ 240,26 e R$ 440,25.

Em média, o preço da cesta básica para uma pessoa custa R$ 347,54. Considerando uma família com apenas dois adultos, o custo final chega, em média, a R$ 695,08.

Na capital, algumas variações entre menor e maior preço, pesquisados nos supermercados, chegou a 923%. Esse é o caso do quilo da banana nanica, cujo menor preço encontrado foi de R$ 0,39 e o maior foi R$ 3,99.

Orientações

O Procon Goiás recomenda ao consumidor a estabelecer previamente, de acordo com seu orçamento doméstico, quanto poderá ser gasto na compra em supermercado. Depois, é preciso fazer uma lista dos serem adquiridos, iniciando pelos essenciais e, em seguida, os que podem ficar de fora.

Com uma calculadora em mãos, após avaliar preço e marcas diferentes, vá colocando no carrinho e fazendo as contas. Desta forma, após adquirir os produtos essenciais, saberá quanto ainda poderá gastar com outros itens. Essa prática, além de auxiliar na conferência dos preços lançados no caixa, também evitará extrapolar o valor previamente estabelecido.

Dentro do supermercado, faça um roteiro. Isso ajuda a organizar o carrinho e, principalmente, a economizar. Compare os preços dos produtos entre as várias marcas, observando peso ou quantidade, data de fabricação e prazo de validade.

Cuidado com promoções

O Procon também ensina a ter cautela em relação as promoções nos supermercados. Analise sempre as ofertas do tipo “leve 3 e pague 2”, se realmente são verdadeiras e econômicas. Pois não adianta levar, por exemplo, mais gelatina ou chá pra casa, se você já os tem em boa quantidade.

Ao adquirir produtos em grande quantidade como pacotes de macarrão instantâneo, por exemplo, esteja atento à data de validade, principalmente naqueles que estão no meio do pacote. Caso não esteja atento, poderá levar pra casa produtos com prazo de validade muito curto ou até vencido.

Rejeite produtos congelados cujas embalagens de papelão estejam com bolhas, manchas ou danificadas. Isso denuncia mercadoria estragada, devido ao manuseio e à flutuação da temperatura. Também não aceite embalagens com bloquinhos de gelo na superfície e verifique se há sinais de umidade próximo ao freezer, pois isso pode ser um indicativo de que o mesmo foi desligado ou teve a temperatura reduzida durante a madrugada, o que pode acabar comprometendo a qualidade do produto.

.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp