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CGU quebra sigilo e revela cachê de Gustavo Lima em campanha da Mega

Última atualização 24/04/2023 | 15:17

O cantor Gustavo Lima teve o valor do cachê da campanha da Mega-Sena da Virada de 2020 divulgado pela Controladoria Geral da União (CGU). A informação tinha sido classificada com sigilo de 100 anos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Além do dinheiro pela composição de jingle, produção e divulgação da campanha publicitária, o contrato do “Embaixador”previa ressarcimento de impostos ao então governo federal. À época, o prêmio sorteado foi de  R$ 325 milhões.

 

Com o acordo, o sertanejo receberia R$ 1,1 milhão. A assinatura do trabalho foi firmada entre a Caixa e a produtora que gerencia a carreira do artista, a Balada Eventos e Produções Ltda. Outros custos incluídos no cachê milionário eram diárias da filmagem e deslocamento de Gustavo Lima de Goiânia para a capital paulista em avião particular. O depósito teria de ocorrer em até 30 dias após a última gravação e fotos do famoso.

 

As informações foram divulgadas após solicitação da “Fiquem Sabendo”, uma agência de dados especializada no acesso a informações públicas que insistia no pedido desde janeiro de 2021.  A Caixa alegou que não poderia divulgar o valor nem detalhes do contrato por razões como  sigilo de informação pessoal e segredo industrial. Os motivos foram desconsiderado na apelação da agência à CGU.

 

Gustavo manifestou apoio publicamente a Bolsonaro em outubro do ano passado. O posicionamento político rendeu alguns prejuízos ao artista, como perda de 150 mil seguidores nas redes sociais, cancelamento de shows devido os bloqueios de caminhoneiros nas estradas e ainda desistência de um bloco de carnaval em Salvador por falta de venda de ingressos. O cantor e a “Balada” ainda não de manifestaram sobre a divulgação do contrato.

 

No ano passado, o sertanejo se tornou alvo dos Ministérios Públicos de Minas Gerais e do Maranhão por suspeita de superfaturamento em cachês. Ele teria recebido R$ 1,2 milhão e R$ 800 mil, respectivamente. Os valores são considerados muito acima do plausível para o orçamento público, principalmente ao considerar as deficiências na prestação dos serviços nas áreas de saúde, educação e infraestrutura de responsabilidade dos municípios.