Chacina de Sinop: homem que matou sete pessoas vai a júri popular

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O autor da chacina que deixou sete mortos após perder algumas partidas de sinucas em Sinop, município do Mato Grosso, será levado a júri popular. A determinação foi realizada pela juíza Rosângela Zackarim dos Santos, da 1ª Vara Criminal De Sinop, após o Ministério Público do estado ter denunciado Edgar Ricardo de Oliveira pelo crime. 

Edgar será julgado pelo homicídio de sete pessoas, sendo uma delas, uma adolescente de 12 anos. Nos autos, os crimes estão sendo indicados com qualificadores como motivo torpe, meio cruel que resultou perigo comum e vítima menor de 14 anos.

Relembre o caso da chacina

Edgar Ricardo de Oliveira é um dos suspeitos de ter matado sete pessoas em um bar após perderem várias partidas de jogo de sinuca apostados e serem motivos de chacota dos vencedores, em março deste ano. Antes da chacina, algumas das vítimas gravaram vídeos no estabelecimento. As imagens das câmeras de segurança também mostravam uma movimentação tranquila no local.

“O Edgar desafiou o Getúlio para uma nova partida na parte da manhã e perdeu várias rodadas de sinuca, totalizando, aproximadamente R$ 4 mil, que Getúlio ganhou nas partidas. Edgar e Ezequias foram embora e retornaram na parte da tarde e desafiaram Getúlio e, novamente, perderam mais duas rodadas”, detalha o delegado Bráulio Junqueira.

Delegado ressalta que Edgar se irritou com a nova derrota e teria dado sinal para Ezequias, que já sacou a pistola e rendeu todos que estavam no bar. O filiado em clubes de tiros foi até a caminhonete e pegou a espingarda. “Após as derrotas na parte da manhã, nós acreditamos que ele já tenha voltado à tarde com essa pré-disposição”.

O outro suspeito da chacina, Ezequias Souza Ribeiro, morreu dias depois, após entrar em confronto com a Polícia Militar (PM) em uma zona rural da cidade. Ele chegou a ser encaminhado ao Hospital Regional de Sinop, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local. 

Vítimas da chacina:

  • Larissa Frasão de Almeida – 12 anos (filha de Getúlio, que também foi morto, e de Raquel Gomes de Almeida, que sobreviveu à chacina)
  • Orisberto Pereira Sousa – 38 anos
  • Adriano Balbinote – 46 anos
  • Getúlio Rodrigues Frasão Júnior – 36 anos (pai de Larissa e marido de Raquel)
  • Josué Ramos Tenório – 48 anos
  • Maciel Bruno de Andrade Costa – 35 anos
  • Eliseu Santos da Silva – 47 anos

Assista ao vídeo: 

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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