Chacina em Itapaci: corpo de jovem que fugiu após ser baleado é encontrado

Chacina dentro de residência em Itapaci deixa quatro pessoas mortas

O corpo do jovem de 22 anos que foi baleado durante a chacina em Itapaci, na região central de Goiás, foi encontrado a 300 metros do local onde o crime aconteceu. Segundo a Polícia Militar, ele era um dos alvos principais dos atiradores.

O coronel Lusdenes Rodrigues Alencar informou que outros dois suspeitos de envolvimento no crime morreram em confronto com a polícia. De acordo com ele, a corporação teria recebido uma denúncia anônima de que os suspeitos de atirar nas quatro vítimas iriam receber apoio de fuga e que o veículo utilizado seria um VW Gol cinza. Ao abordar o veículo, o motorista não obedeceu a ordem de parada e foi em direção à polícia, que atirou contra eles.

Os suspeitos continuaram em fuga, mas o motorista perdeu o sentido de direção e bateu o carro contra árvores. Os dois desembarcaram do carro e atiraram contra a equipe, que revidou os disparos e os atingiu. Eles chegaram a ser encaminhado até o Hospital Municipal de Nova Glória, mas morreram. Ainda segundo o coronel, os dois homens mortos não participaram na chacina, mas estavam envolvidos no crime.

Chacina em Itapaci

Quatro pessoas, com idade entre 14 e 40 anos, morreram executados dentro de casa na noite da última quarta-feira, 23. Segundo uma das vítimas, que sobreviveu ao ataque, dois homens encapuzados entraram na residência e atiraram diversas vezes contra seis pessoas que estavam no local.

Uma adolescente de 14 anos foi encaminhada ao Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), onde está internada em quadro de saúde estável.

“As informações preliminares são que dois jovens estavam envolvidos em crimes, um desses jovens já sabia que ‘tava em guerra’ e saiu antes, o outro estava na residência, foi atingido e fugiu”, explicou o coronel.

Segundo a Polícia Militar, morreram:

  • Helionai Luiz Valentim, de 40 anos
  • Cleide Nerys Portes, 35 anos
  • Jean de Jesus dos Santos, 28 anos
  • Yasmin Vitória Alves dos Santos, 14 anos
  • Marco Aurélio Vieira Gomes, 22 anos

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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