Chacina em Resende: 4 homens e criança são mortos em fazenda no Rio de Janeiro

Quatro homens e uma criança de 8 anos foram encontrados mortos e enterrados em um sítio no município de Resende, no sul do estado do Rio de Janeiro. A Polícia Civil trata o caso como uma chacina e está investigando as circunstâncias do crime.

Os corpos foram encontrados na manhã de quarta-feira, 9, em um sítio localizado na Estrada Resende x Riachuelo, no município de Resende. A polícia e a Guarda Municipal realizaram uma varredura no local após familiares denunciarem ter perdido o contato com as vítimas desde a segunda-feira, 7.

O dono do terreno onde os corpos foram encontrados também estava entre as vítimas. Durante a varredura, a polícia encontrou indícios do crime, como uma poça de sangue seco e um chinelo de uma criança que batia com as características detalhadas pela família.

Durante as investigações pelo local, os agentes encontraram, próximo ao córrego, uma região com terra mexida e ao cavarem, encontraram os quatro corpos enterrados.

Além disso, um carro que teria sido usado pelos criminosos responsáveis pelo crime foi encontrado abandonado no bairro Mirantes das Agulhas. O veículo possuía marcas de tiros e foi encaminhado á Delegacia de Resende, que investiga o caso.

Causa da morte

Um laudo cadavérico da perícia da Polícia Civil indica que todas as vítimas da chacina foram mortas// com tiros na cabeça. Além disso, a vítima mais velha também foi espancada brutalmente.

Nesta quarta-feira, 9, um homem foi preso suspeito de participar do crime. Identificado como José Alves da Silva Filho, o homem teria auxiliado na fuga dos outros criminosos. Outros dois suspeitos também foram identificados pela polícia, sendo um deles um funcionário da fazenda onde os crimes ocorreram. Ele foi identificado como Gustavo Ramos dos Santos.

O caso está sendo investigado como latrocínio (roubo seguido de morte), já que um carro foi roubado.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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