Chafarizes históricos do Rio de Janeiro enfrentam abandono e descaso: a urgência da preservação.

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O abandono nos chafarizes do Rio é uma triste realidade que afeta monumentos históricos sujos, secos e vandalizados. Joias das artes plásticas de diversas épocas e estilos estão espalhadas pela cidade sem manutenção e inoperantes, incluindo a obra-prima de Mestre Valentim do século XVIII. O Chafariz do Monroe, um dos maiores chafarizes do Rio, sofre com o descaso, com lixo acumulado, mau cheiro e tanques vazios, impactando a beleza e o patrimônio da cidade.

O Chafariz dos Jacarés, no Passeio Público, sofreu uma tentativa de furto das peças em agosto de 2025, destacando a falta de segurança e conservação dos monumentos. Além disso, exemplos de chafarizes inoperantes ou sujos são abundantes pela cidade, refletindo décadas de abandono e descaso. Apenas uma minoria dos chafarizes visitados pelo jornal O GLOBO estava limpa e funcionando, revelando a urgência de ações de preservação.

O secretário municipal de Conservação e Serviços Públicos ressaltou que dos 35 chafarizes sob responsabilidade da prefeitura, apenas 20 estão funcionando, devido a falhas mecânicas, depredação e uso indevido. A falta de investimento em manutenção e conservação dos chafarizes é evidente, com a redução do orçamento afetando a capacidade de restauração e preservação desses monumentos.

A importância histórica e estética dos chafarizes é destacada por especialistas, que ressaltam o papel desses monumentos na qualidade do ambiente urbano, na urbanização, contemplação e valorização da cidade. A preservação dos chafarizes é essencial para a valorização da qualidade de vida na cidade, refletindo o cuidado com os espaços públicos e históricos.

Apesar das reformas e intervenções planejadas para alguns chafarizes em 2026, como o Chafariz da Glória, ainda há muito a ser feito para garantir a conservação e funcionamento desses monumentos. O desinteresse e a falta de verbas não podem ser justificativas para o abandono, exigindo um compromisso maior das autoridades e da sociedade com a preservação do patrimônio histórico do Rio de Janeiro.

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